PTB mantém indicação de Cristiane Brasil para ministério
Em reunião da bancada do partido, integrantes da legenda na Câmara mantiveram de forma "unânime" o apoio à deputada
Agência Brasil
Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 19h48.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2018 às 19h55.
O líder do PTB na Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (GO), disse hoje (6) que a sigla mantém, mais uma vez, a indicação da deputada Cristiane Brasil (RJ) para assumir o Ministério do Trabalho . Os questionamentos jurídicos à posse da parlamentar no cargo, segundo ele, devem ser resolvidos pela Justiça. A declaração foi dada após reunião da bancada do partido, na qual os integrantes da legenda na Câmara mantiveram de forma "unânime" o apoio à deputada. Reafirmaram ainda que até o momento não há um plano B para a indicação.
"Temos um problema real, que é da Justiça, e é ela que tem que dar a palavra final. A Justiça decidindo sim, quem decide é a Cristiane, se ela vai ser [ministra]. Dizendo não, quem decide aí é o partido ou a bancada, se vai indicar outro ou se vai deixar a cargo do presidente [Michel Temer]. Isso é problema também do presidente. Ele que fez essa indicação, quem tem essa prerrogativa que é privativa do presidente da República", disse o líder.
Indicada pelo presidente Michel Temer há pouco mais de um mês para o cargo, Cristiane Brasil não tomou posse até hoje devido a uma série de decisões liminares, da primeira e segunda instâncias, que atenderam a questionamentos sobre a legitimidade de a deputada assumir o ministério após ter sido condenada pela Justiça do Trabalho. Atualmente, o caso está no Supremo Tribunal Federal (STF).
"O desgaste está colocado. O PTB não tem culpa. No nosso entendimento, o partido fez uma indicação correta. Nós não abandonamos companheiros feridos em uma batalha, então vamos até o fim. Estamos esperando por um questionamento de Justiça, a decisão da Justiça. Daí para frente não é problema nosso. O governo tem que administrar isso junto com o Judiciário", disse Jovair.
Na segunda-feira (5), a deputada voltou a pedir que a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, dê celeridade ao trâmite da ação na Corte.