Brasil

PT quer que STF dê decisão de impeachment ao Senado

A cúpula do PT quer que o STF determine que a última palavra sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff seja do Senado


	Senado: deputados e senadores do partido mostraram preocupação com o destino de Dilma
 (Wilson Dias/ABr)

Senado: deputados e senadores do partido mostraram preocupação com o destino de Dilma (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 23h03.

Brasília - A cúpula do PT quer que o Supremo Tribunal Federal determine que a última palavra sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff seja do Senado, onde a base aliada do governo é maior e mais fiel.

Em reunião realizada nesta segunda-feira com dirigentes da Executiva petista, deputados e senadores do partido mostraram preocupação com o destino de Dilma e afirmaram que esta semana será muito importante para definir o rumo da crise.

Apesar de apreensivos, os petistas ficaram aliviados com a baixa adesão nas manifestações de domingo contra Dilma e o PT, em todo o País. "O povo não foi para a rua. Quem foi para a rua foi uma minoria de pele branca", afirmou o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC).

Agora, a quarta-feira está sendo considerada o "Dia D" para o governo. Além do julgamento do Supremo, que vai decidir o rito de tramitação do impeachment, o PT, o PC do B, centrais sindicais, movimentos sociais e outras siglas de esquerda convocaram para este dia vários atos sob os motes "Não vai ter golpe" e "Em defesa da democracia".

"Estamos nos dividindo entre as ruas e o Judiciário", disse o deputado Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio. "É o Senado que define no mérito se um presidente pode ser afastado ou não e temos certeza de que seremos atendidos pelo Supremo nessa ação."

Diante de uma Câmara conflagrada e em guerra com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Palácio do Planalto e o comando do PT querem que o desfecho para o impeachment seja dado pelo Senado, presidido por Renan Calheiros (PMDB-AL). É lá que o governo tem maioria para barrar o afastamento da presidente.

O Planalto também trabalha para que o recesso parlamentar seja bastante reduzido. Pela proposta, os deputados e senadores voltariam ao trabalho em 12 de janeiro de 2016. "O ideal é que nem houvesse recesso. O País não pode ficar em compasso de espera", argumentou o deputado Pepe Vargas (PT-RS), ex-ministro da Secretaria de Relações Institucionais.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilImpeachmentSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

“Rio atmosférico” pode provocar até 200 mm de chuva no RS nesta semana

Governo do Rio envia ao STF plano para retomar controle de áreas dominadas pelo crime

Moraes concede prisão domiciliar para general Augusto Heleno

Justiça condena Washington Reis por fraude imobiliária em Duque de Caxias