Protesto contra terceirização em frente ao Congresso Nacional, em Brasília (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2015 às 18h30.
Brasília - O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) disse que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) protocolar um mandado de segurança em nome da bancada do PT na Câmara contra a votação do Projeto de Lei 4330/2004, que regulamenta o trabalho terceirizado no país.
"Estamos impetrando de segurança pedindo que o Supremo impeça a votação ou, se ela ocorrer, que a declare ilegal", disse.
Molon afirma que a Constituição está sendo "frontalmente controlada" pela votação, Segundo ele, a Medida Provisória 661 deveria travar a pauta de votações do plenário enquanto não for apreciada pelo colegiado.
"A Constituição determina que quando houver Medida Provisória com mais de 45 dias na Casa, ela tranca a pauta, ficando sobrestada todas as demais deliberações. É o caso. A 661 está na Casa", disse.
O petista acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de tentar uma "brecha" para descumprir a regra constitucional. "O presidente da Casa não escolher quando vai respeitar a Constituição e seguir os seus prazos, e quando não vai", disse.
A legenda é contra o projeto por entender que haverá uma precarização do ambiente de trabalho e a redução de salários. Molon argumenta que o projeto promove injustiça social. "Esse projeto caminha na contramão do que o País vinha fazendo", disse.
O PT está tentando obstruir a pauta de votação. O partido pediu verificação de quórum para a votação do primeiro item na votação, que pede justamente a retirada do projeto da pauta.