PT e PSDB trocam ataques em campanha mineira
Apesar de negarem a intenção de nacionalizar a eleição municipal, a "guerra" já começou centrada em troca de ataques ao PT e ao governo federal
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2012 às 18h57.
Belo Horizonte - O ex-ministro Patrus Ananias, candidato à prefeitura de Belo Horizonte, vai enfrentar uma "guerra" em sua terra natal. Foi o que, segundo ele, afirmou a presidente Dilma Rousseff , referindo-se ao embate que o petista terá com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), que disputa a reeleição em campanha comandada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Apesar de negarem a intenção de nacionalizar a eleição municipal, a "guerra" já começou centrada em troca de ataques ao PT e ao governo federal, por parte do tucano, e, por parte do petista, ao próprio senador, cotado para disputar a Presidência em 2014.
Em discurso de lançamento da campanha no fim da noite de quinta-feira, Patrus afirmou, ao lado do presidente nacional da legenda, deputado estadual Rui Falcão (SP), que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram em contato com ele se comprometendo com a candidatura na capital mineira. "O próprio presidente Lula e a presidente Dilma me ligaram para dizer que estarão conosco. Ela disse: você vai enfrentar uma guerra. Eu estarei ao seu lado", contou, referindo-se à presidente.
Antes de ser confirmado o candidato do PT à disputa, Patrus afirmou ao Grupo Estado que as condições para aceitar disputar a prefeitura era a participação efetiva de Lula e Dilma na campanha, além de "apoio político e material" para a candidatura por parte da direção nacional do partido. Mas, além deles, até o ex-presidente Tancredo Neves (PMDB), morto em 1985, entrou na disputa na capital.
"Não podemos deixar que um homem na dimensão de Tancredo Neves seja aprisionado, com pensamento restrito. Tancredo pertence a Minas, ao Brasil. Pertence ao PMDB. Pertence à resistência democrática do povo brasileiro. (É) muito mais importante que seus descendentes", disparou. E, sem citar diretamente Aécio, afirmou que os "descendentes" de Tancredo "infelizmente não têm sua grandiosidade".
Mais cedo, em entrevista na sede do PSDB mineiro, o senador já havia feito vários ataques ao governo federal e ao PT, que classificou como "partido da intervenção". De acordo com o tucano, a legenda adversária, "que nasceu com uma proposta diferente", se desvirtuou. Hoje, segundo Aécio, "sempre que tem que optar entre o interesse público e o PT, o PT fica com o PT". "Foi assim na eleição de Tancredo, quando o PT se negou a dar a ele apoio no Colégio Eleitoral", exemplificou.
Coligações
Além das trocas de ataques, as campanhas de Lacerda e Patrus também travam uma guerra pelo apoio de outras legendas. Segundo balanço dos registros das candidaturas divulgado nesta sexta pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), quatro partidos foram inscritos nas duas coligações: PSD, PCdoB, PDT e PRB. Porém, os comandos das campanhas já dão como certa a adesão do PSD e PCdoB à candidatura petista, enquanto PDT e PRB devem ficar na aliança do socialista. A confirmação das coligações será feita pela Justiça Eleitoral, após consulta às direções dos partidos.
Belo Horizonte - O ex-ministro Patrus Ananias, candidato à prefeitura de Belo Horizonte, vai enfrentar uma "guerra" em sua terra natal. Foi o que, segundo ele, afirmou a presidente Dilma Rousseff , referindo-se ao embate que o petista terá com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), que disputa a reeleição em campanha comandada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Apesar de negarem a intenção de nacionalizar a eleição municipal, a "guerra" já começou centrada em troca de ataques ao PT e ao governo federal, por parte do tucano, e, por parte do petista, ao próprio senador, cotado para disputar a Presidência em 2014.
Em discurso de lançamento da campanha no fim da noite de quinta-feira, Patrus afirmou, ao lado do presidente nacional da legenda, deputado estadual Rui Falcão (SP), que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram em contato com ele se comprometendo com a candidatura na capital mineira. "O próprio presidente Lula e a presidente Dilma me ligaram para dizer que estarão conosco. Ela disse: você vai enfrentar uma guerra. Eu estarei ao seu lado", contou, referindo-se à presidente.
Antes de ser confirmado o candidato do PT à disputa, Patrus afirmou ao Grupo Estado que as condições para aceitar disputar a prefeitura era a participação efetiva de Lula e Dilma na campanha, além de "apoio político e material" para a candidatura por parte da direção nacional do partido. Mas, além deles, até o ex-presidente Tancredo Neves (PMDB), morto em 1985, entrou na disputa na capital.
"Não podemos deixar que um homem na dimensão de Tancredo Neves seja aprisionado, com pensamento restrito. Tancredo pertence a Minas, ao Brasil. Pertence ao PMDB. Pertence à resistência democrática do povo brasileiro. (É) muito mais importante que seus descendentes", disparou. E, sem citar diretamente Aécio, afirmou que os "descendentes" de Tancredo "infelizmente não têm sua grandiosidade".
Mais cedo, em entrevista na sede do PSDB mineiro, o senador já havia feito vários ataques ao governo federal e ao PT, que classificou como "partido da intervenção". De acordo com o tucano, a legenda adversária, "que nasceu com uma proposta diferente", se desvirtuou. Hoje, segundo Aécio, "sempre que tem que optar entre o interesse público e o PT, o PT fica com o PT". "Foi assim na eleição de Tancredo, quando o PT se negou a dar a ele apoio no Colégio Eleitoral", exemplificou.
Coligações
Além das trocas de ataques, as campanhas de Lacerda e Patrus também travam uma guerra pelo apoio de outras legendas. Segundo balanço dos registros das candidaturas divulgado nesta sexta pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), quatro partidos foram inscritos nas duas coligações: PSD, PCdoB, PDT e PRB. Porém, os comandos das campanhas já dão como certa a adesão do PSD e PCdoB à candidatura petista, enquanto PDT e PRB devem ficar na aliança do socialista. A confirmação das coligações será feita pela Justiça Eleitoral, após consulta às direções dos partidos.