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PT e Odebrecht; JBS paralisa…

PT e Odebrecht O site O Antagonista teve acesso à íntegra dos depoimentos de Marcelo Odebrecht ao Tribunal Superior Eleitoral, divulgando acusações do empreiteiro ao PT. Segundo Odebrecht, o ex-ministro Paulo Bernardo solicitou 64 milhões de reais para liberação de uma linha de crédito para a campanha de 2010. Entre as acusações também estão presentes […]

FÁBRICA DA JBS: dúvidas sobre a companhia fez ações caírem 8,6% / Ueslei Marcelino/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2017 às 06h17.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h02.

PT e Odebrecht

O site O Antagonista teve acesso à íntegra dos depoimentos de Marcelo Odebrecht ao Tribunal Superior Eleitoral, divulgando acusações do empreiteiro ao PT. Segundo Odebrecht, o ex-ministro Paulo Bernardo solicitou 64 milhões de reais para liberação de uma linha de crédito para a campanha de 2010. Entre as acusações também estão presentes os 150 milhões de reais disponibilizados a Guido Mantega para a campanha de Dilma Rousseff em 2014, e outros 27 milhões para o ex-ministro. Com Antonio Palocci, Odebrecht afirma ter acertado o pagamento de mais 300 milhões de reais entre 2008 e 2014. Palocci tratava com Odebrecht conforme combinado com Luiz Inácio Lula da Silva, com ciência de Dilma Rousseff, segundo o depoimento. Lula, inclusive, movimentava uma conta-corrente no departamento de propina da empresa, sob o codinome “Amigo”. Marcelo Odebrecht disse ainda que não tratou de valores com Michel Temer — quem pediu os 10 milhões aos candidatos do PMDB foi o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

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Aécio e o laranja

Segundo o site BuzzFeed, o empresário Alexandre Accioly, dono da rede de academias Bodytech, foi apontado na delação da Odebrecht como laranja do senador do PSDB Aécio Neves (MG). Accioly, segundo executivos do grupo, forneceu uma conta fora do país para o tucano receber propina quando era governador de Minas Gerais e colocou a estatal Cemig como sócia da construção da usina Santo Antônio, em Rondônia. Ambos negam envolvimento com o esquema.

Mais uma terceirização

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pretende colocar em pauta o projeto mais recente de terceirização que tramita no Congresso, votado pela Câmara dos Deputados em 2015 e que traz mais garantias ao trabalhador. Aprovados os dois projetos de lei, caberá ao presidente Michel Temer vetar ou sancionar artigos para criar um texto mais robusto. A mudança aprovada ontem, que tem a mesma base, de legalizar a terceirização em todas as áreas de uma empresa, é resultado de uma manobra do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para driblar a resistência de parlamentares em votar a questão no Senado.

JBS em compasso de espera

A fabricante de alimentos JBS anunciou a suspensão da produção de carne bovina em 33 das 36 unidades que mantém no país. Na próxima semana, as unidades voltarão a funcionar, mas com uma redução de 35% no nível de produção. As medidas foram adotadas em consequência da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de corrupção envolvendo fiscais e frigoríficos. Nos últimos dias, vários países passaram a barrar a entrada de carne brasileira depois de a PF lançar suspeita sobre possíveis adulterações dos produtos comercializados. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, as vendas externas de carne somaram apenas 74.000 dólares nesta terça-feira, ante uma média diária de 63 milhões de dólares em março. No total, 22 países anunciaram restrições à carne brasileira.

Uma luz para a Oi?

As ações preferenciais da companhia telefônica Oi dispararam 22%, e as ordinárias, 15,9%, nesta quinta-feira, com novidades sobre o plano de recuperação judicial da empresa. Pelo acordo, os acionistas aceitaram dar imediatamente 25% das ações aos credores como forma de abater a dívida. A Oi também divulgou o balanço do quarto trimestre, com um prejuízo de 3,3 bilhões de reais — queda de 30% em relação aos três últimos meses de 2016. No ano, a Oi apresentou prejuízo de 7,1 bilhões de reais. Em teleconferência nesta quinta-feira, o presidente da companhia, Marco Schroeder, afirmou que a expectativa é resolver a questão da recuperação judicial neste ano, com uma possível aprovação do plano em assembleia de credores no segundo trimestre ou no início do terceiro trimestre.

Londres: o autor era britânico

Autoridades de Londres identificaram que o responsável pelo atentado em Londres é um britânico, Khalid Masood, de 52 anos. Na tarde de quarta-feira, Masood matou duas pessoas por atropelamento (e feriu mais de 30) e, ao sair do veículo, esfaqueou um policial, sendo morto em seguida. As motivações de Masood não estão claras: após o ataque, a polícia disse se tratar de um atentado terrorista, mas nesta quinta-feira, afirmou que Masood não era alvo de nenhuma investigação, embora já tenha sido condenado por depredação e por porte de armas no passado.

Direita se manifesta

Mais cedo, o grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, dizendo que Masood era um “soldado” que respondeu a um “chamado” divino. O fato de o responsável pelo ataque em Londres ser britânico não impediu que a ultraconservadora Marine Le Pen, candidata à presidência da França, afirmasse que o atentado prova que é preciso controlar fronteiras, pois “indíviduos agem sozinhos”. A premiê britânica Theresa May, que foi ministra do Interior — e, portanto, responsável pela entrada de imigrantes — também foi criticada.

Trumpcare adiado

A maioria republicana na Câmara dos Estados Unidos decidiu adiar para sexta-feira a votação do American Health Care Act, que substituiria o Obamacare, lei de subsídios e regulações para planos de saúde do ex-presidente Barack Obama. A votação aconteceria nesta quinta, mas a decisão por postergar veio da baixa receptividade do projeto em meio aos próprios republicanos — 37 deputados do Partido anunciaram oposição ao texto. Entre os mais conservadores, a visão é de que o Trumpcare deveria reduzir mais fortemente os subsídios; para os republicanos moderados e os democratas, preocupam os números de que 24 milhões de americanos podem perder seus planos de saúde com a nova lei.

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