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PT adota como estratégia concentrar crise na Petrobras

Primeiro passo será a divulgação nos próximos dias de uma resolução sobre a conjuntura do país

Tanques da Petrobras: presidente justificou em nota oficial que só aprovou a compra de 50% da refinaria americana porque recebeu "informações incompletas" e uma "documentação falha" (Pedro Lobo/Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 20h48.

Brasília - Numa tentativa de minimizar o impacto dos desgastes do Palácio do Planalto com o episódio da compra pela Petrobras de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, a cúpula do PT adotará como estratégia concentrar a crise apenas na Petrobras excluindo do debate a presidente Dilma Rousseff .

Um primeiro passo, que deverá servir de fio condutor para os próximos discursos dos petistas, será a divulgação nos próximos dias de uma resolução sobre a conjuntura do país. No documento, o PT não citará a presidente. "O partido não vai fazer um jogo do PSDB que quer colocar a presidente Dilma no centro do palco. O PT não vai entrar nesse jogo. O povo brasileiro quer discutir política no sentido mais amplo da palavra. Eles insistem no mesmo erro de 2006 e 2010, que é acreditar que essa via denuncista faz o partido crescer", afirmou o ex-presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP).

O jornal O Estado de S. Paulo revelou na última quarta-feira que a presidente Dilma Rousseff justificou em nota oficial que só aprovou a compra de 50% da refinaria americana porque recebeu "informações incompletas" e uma "documentação falha". Se tivesse todos os dados, disse a petista na nota, "seguramente" a compra da refinaria não seria aprovada.

A polêmica foi alvo de discussão da reunião do Diretório Nacional realizada na quinta-feira, em Brasília. Após o encontro, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, também evitou dar qualquer declaração sobre o episódio envolvendo a Dilma. Embora a estratégia seja a de evitar trazer o Palácio do Planalto para o centro do debate, alguns petistas não escondem o mal-estar gerado pela resposta que Dilma deu ao jornal sobre o episódio. Isso porque, na avaliação de petistas, ela acabou por atribuir culpa à gestão passada da estatal, que tinha à frente o petista Sérgio Gabrielli.

"Não estou dizendo que é uma situação agradável. Não é. Mas é uma disputa política e dentro disso vamos tratar a situação como tal. Não podemos sair dessa realidade. Se houve uma inabilidade, o governo tem que saber se posicionar", afirmou o deputado federal José Mentor (SP) que participou de parte do encontro do Diretório Nacional.

Em privado, outro integrante da cúpula do PT revela ainda o descompasso gerado internamente no partido com o silêncio da equipe de governo após a divulgação a revelação feita pelo jornal. "Agora há pouco recebi duas mensagens perguntando o que era para falar sobre isso. Disse que não sabia. Tem que ver a linha do Planalto. Ela (Dilma) falou e ficou quieta. Tá todo mundo esperando ela", criticou o petista. A falta de uma iniciativa por parte do Planalto para estancar a crise também vem tirando o sono de alguns setores do partido. "Estamos preocupados com esse conjunto da obra, esse comportamento dela e do Palácio. Inabilidade total para tratar, tá ganhando força", disse outro petista que não quis se identificar.

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Brasília - Numa tentativa de minimizar o impacto dos desgastes do Palácio do Planalto com o episódio da compra pela Petrobras de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, a cúpula do PT adotará como estratégia concentrar a crise apenas na Petrobras excluindo do debate a presidente Dilma Rousseff .

Um primeiro passo, que deverá servir de fio condutor para os próximos discursos dos petistas, será a divulgação nos próximos dias de uma resolução sobre a conjuntura do país. No documento, o PT não citará a presidente. "O partido não vai fazer um jogo do PSDB que quer colocar a presidente Dilma no centro do palco. O PT não vai entrar nesse jogo. O povo brasileiro quer discutir política no sentido mais amplo da palavra. Eles insistem no mesmo erro de 2006 e 2010, que é acreditar que essa via denuncista faz o partido crescer", afirmou o ex-presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP).

O jornal O Estado de S. Paulo revelou na última quarta-feira que a presidente Dilma Rousseff justificou em nota oficial que só aprovou a compra de 50% da refinaria americana porque recebeu "informações incompletas" e uma "documentação falha". Se tivesse todos os dados, disse a petista na nota, "seguramente" a compra da refinaria não seria aprovada.

A polêmica foi alvo de discussão da reunião do Diretório Nacional realizada na quinta-feira, em Brasília. Após o encontro, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, também evitou dar qualquer declaração sobre o episódio envolvendo a Dilma. Embora a estratégia seja a de evitar trazer o Palácio do Planalto para o centro do debate, alguns petistas não escondem o mal-estar gerado pela resposta que Dilma deu ao jornal sobre o episódio. Isso porque, na avaliação de petistas, ela acabou por atribuir culpa à gestão passada da estatal, que tinha à frente o petista Sérgio Gabrielli.

"Não estou dizendo que é uma situação agradável. Não é. Mas é uma disputa política e dentro disso vamos tratar a situação como tal. Não podemos sair dessa realidade. Se houve uma inabilidade, o governo tem que saber se posicionar", afirmou o deputado federal José Mentor (SP) que participou de parte do encontro do Diretório Nacional.

Em privado, outro integrante da cúpula do PT revela ainda o descompasso gerado internamente no partido com o silêncio da equipe de governo após a divulgação a revelação feita pelo jornal. "Agora há pouco recebi duas mensagens perguntando o que era para falar sobre isso. Disse que não sabia. Tem que ver a linha do Planalto. Ela (Dilma) falou e ficou quieta. Tá todo mundo esperando ela", criticou o petista. A falta de uma iniciativa por parte do Planalto para estancar a crise também vem tirando o sono de alguns setores do partido. "Estamos preocupados com esse conjunto da obra, esse comportamento dela e do Palácio. Inabilidade total para tratar, tá ganhando força", disse outro petista que não quis se identificar.

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