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PSOL tenta derrubar votação de urgência da reforma trabalhista

A bancada do partido alega que o plenário não poderia ter deliberado novamente sobre um tema que havia sido derrotado em votação anterior

Câmara: oposição acusou Rodrigo Maia de ficar colocando votações em pauta até que o resultado o agradasse (Wilson Dias/Agência Brasil)

Câmara: oposição acusou Rodrigo Maia de ficar colocando votações em pauta até que o resultado o agradasse (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2017 às 13h36.

Brasília - O PSOL anunciou na manhã desta segunda-feira, 24, o protocolo de um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a votação feita na semana passada que deu caráter de urgência ao projeto da Reforma Trabalhista.

A bancada do partido na Câmara alega que o plenário não poderia ter deliberado novamente sobre um tema que havia sido derrotado em votação anterior.

No dia 19 de abril, a base governista não alcançou o número suficiente de votos para aprovar a medida que dá celeridade à apreciação do projeto.

Menos de 24 horas depois, o requerimento de urgência da proposta foi reapresentado e pautado no plenário, ocasião em que os governistas conseguiram aprovar a solicitação.

O pedido de liminar feito pela sigla é para que os efeitos da deliberação do requerimento sejam suspensos até o julgamento do mérito na Corte.

Na ocasião, a oposição acusou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de adotar métodos de seu antecessor no cargo, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O peemedebista costumava votar um tema mais de uma vez até que o resultado fosse favorável ao seu grupo político.

A ação judicial, assinada pelo líder da bancada do PSOL, Glauber Braga (RJ), alega que Maia infringiu o regimento interno da Câmara ao não considerar que a matéria estava impedida de nova apreciação por já ter sido deliberada.

"É cristalino, portanto, que a segunda votação de um requerimento de urgência para a tramitação do PL 6787/2016 afronta a regra do art. 164, II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Tal atitude do presidente da Casa, além de desrespeitar o devido processo legislativo, é antirrepublicana e antidemocrática", diz a ação.

O líder da bancada solicita na ação que o Ministério Público seja consultado e opine sobre a demanda e que, no mérito, a segunda votação seja considerada prejudicada.

O projeto da Reforma Trabalhista deve ser apreciado nesta terça-feira, dia 25, na comissão especial. Com a urgência aprovada, os governistas querem levar o tema para o plenário na Quarta-feira (26).

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