Aécio Neves: aliados de Alckmin querem evitar até mesmo que o senador seja fotografado ao lado do governador (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de novembro de 2017 às 21h51.
Brasília - Com a imagem desgastada após as denúncias da Operação Lava Jato, o senador Aécio Neves (MG) terá participação reduzida na próxima convenção nacional do PSDB, marcada para 9 de dezembro.
O mineiro, afastado da presidência do partido desde maio, nem sequer deve discursar no evento que alçará o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao comando nacional da legenda.
A intenção é evitar que a imagem desgastada do senador possa, de alguma forma, ser associada a de Alckmin, pré-candidato à Presidência da República.
A transmissão do cargo, por exemplo, deve ficar a cargo de Alberto Goldman, presidente interino da legenda. Aliados de Alckmin querem evitar até mesmo que o senador mineiro seja fotografado ao lado do governador paulista.
"O Alckmin ficará muito feliz em ser o Goldman (que fará a transmissão do cargo). Mais do que isso não posso falar", disse à reportagem o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), um dos principais aliados de Aécio.
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (PSDB-SP), ligado a Alckmin, afirma que caberá ao próprio Goldman definir a participação de Aécio. "Isso não está combinado, precisa ver com o Goldman, ele que vai conduzir o partido na convenção", disse. Segundo ele, a ideia é que apenas líderes de bancadas na Câmara e no Senado e governadores discursem na convenção.
Procurado via assessoria, Aécio ainda não respondeu.