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PSDB define o que fazer com Aécio Neves

São três as opções para o senador: a reeleição, uma vaga como deputado federal ou abandonar a política

Aécio Neves: o melhor para o PSDB seria que ele não disputasse cargo público em outubro (Wilson Dias/Agência Brasil)

Aécio Neves: o melhor para o PSDB seria que ele não disputasse cargo público em outubro (Wilson Dias/Agência Brasil)

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EXAME Hoje

Publicado em 27 de julho de 2018 às 06h45.

Última atualização em 27 de julho de 2018 às 10h44.

O PSDB fará convenções estaduais neste fim de semana, que fixam as candidaturas das eleições nos estados. Todos os olhos estarão em Minas Gerais. Além de apresentar a candidatura de Antonio Anastasia ao governo do estado, o partido revelará (finalmente) o destino do senador Aécio Neves em outubro. Seu mandato no Congresso termina em 2018, mas uma nova ida às urnas é motivo de controvérsia interna em sua legenda.

Candidato à Presidência da República em 2014 e um dos fiadores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, Aécio viu sua carreira política afundar após a gravação de Joesley Batista em que o político pedia 2 milhões de reais ao empresário. Ele nega as acusações do Ministério Público Federal de que se tratava de um pedido de propina.

São três as opções: a reeleição a senador, uma vaga como deputado federal ou abandonar a política. A primeira missão seria a mais difícil, pois o alto índice de rejeição pós-escândalo é garantia de sangria nos votos. Além disso, diretores do PSDB creem que a candidatura pode comprometer a tentativa de Anastasia, ex-governador do estado, de voltar ao poder em Minas no lugar do petista Fernando Pimentel.

Como deputado federal, Aécio teria menos problemas para se eleger. Mas a restrição do foro privilegiado para parlamentares deixa pouco interessante a proteção embaixo de um cargo público, para que se defenda das acusações da J&F. Restaria não disputar a eleição, quase consenso que seria o melhor para todos. O único que talvez discorde é o próprio Aécio, que em meio ao turbilhão de acusações, não quis se afastar nem da presidência do partido para que respondesse ao processo na Justiça.

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