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PSB eleva críticas a Dilma, une imagem de Marina a Campos

Programa também critica Dilma pela perda de valor de mercado da Petrobras durante sua gestão

Marina Silva e Eduardo Campos: "eu vi três anos depois a Petrobras valer metade do que valia. Ou seja, tem meia Petrobras. E dever quatro vezes mais do que devia", disse Campos (Antonio Cruz/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 08h16.

Brasília - O programa do PSB na TV, que vai ao ar na noite desta quinta-feira, eleva o tom das críticas a presidente Dilma Rousseff e, ao apresentar imagens apenas de um diálogo entre o governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva, tenta colar a imagem dela a do socialista para que ele suba nas pesquisas.

Gravado antes da divulgação de novas informações sobre a aquisição da uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, em 2006, o programa também critica Dilma pela perda de valor de mercado da estatal durante sua gestão.

"Eu que vi em 2010 a presidenta Dilma dizer que ia defender a Petrobras, que o adversário dela ia privatizar a Petrobras. Eu vi três anos depois a Petrobras valer metade do que valia. Ou seja, tem meia Petrobras. E dever quatro vezes mais do que devia", ataca Campos num trecho do vídeo, ao qual a Reuters teve acesso.

Numa tentativa clara de evitar um embate direto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Campos e Marina, que foram ministros durante a gestão do petista, centraram suas críticas à Dilma e asseguraram que vão garantir as conquistas dos últimos governos.

"É inegável que houve avanços (nos últimos anos) e o presidente Lula cuidou de preservar esses avanços", afirma Campos. "De 2011 para cá, todos nós sabemos que começamos a ver as coisas não darem certo como se imaginava que poderia dar", continua.

E Marina prossegue com a crítica. "A gente vinha numa trajetória de progresso econômico e social e até com alguns ganhos ambientais, e o que a gente percebe é que estamos numa trajetória de retrocessos", afirma.

Os dois criticam ainda a inflação elevada, o modelo energético, que foi elaborado por Dilma quando era ministra de Minas e Energia, e a falta de disposição da presidente para dialogar com a sociedade.


"Ela teve a oportunidade de chegar à Presidência da República, de receber um legado do presidente Lula, com quem nós trabalhamos. Ela poderia ter feito pelo Brasil aquilo que ela se comprometeu a fazer, que era seguir melhorando o Brasil. Não desmanchar o que estava feito e fazer o que restava fazer", ataca Campos.

A união entre o socialista e Marina ocorreu em outubro do ano passado, num lance que surpreendeu a cena política, depois que a ex-senadora não conseguiu criar seu partido, a Rede Sustentabilidade, para se candidatar à Presidência.

Os dois então passaram a tentar superar a polêmica sobre quem estará na cabeça da chapa, já que Campos preside o PSB, mas Marina, recém filiada, sempre esteve melhor posicionado que ele nas pesquisas.

Após superada a polêmica e definido que Campos encabeçará a chapa tendo Marina como provável vice, a expectativa dos socialistas é que houvesse uma maior transferência da intenção de votos para o governador pernambucano, que até agora as pesquisas não registraram.

Por isso, parte do programa foi produzido para ratificar que os dois estão juntos e que Campos encabeça a chapa.

"Sua decisão mudou a política brasileira, uma mulher que tem o respeito do povo brasileiro e do mundo, que teve 20 milhões de votos, dizendo assim: 'eu não estou aqui em busca de candidaturas de partidos para me filiar'", diz Campos logo no começo do vídeo.

"O que nos une é o desejo de voltar a fazer o Brasil melhorar", prossegue. "O povo brasileiro já sabe o que quer, ele quer é mudar. Ainda não sabe é que nós estamos juntos para ajudar nessa mudança", acrescenta Campos, que aposta na união com Marina para se tornar conhecido e chegar ao segundo turno da eleição.

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Brasília - O programa do PSB na TV, que vai ao ar na noite desta quinta-feira, eleva o tom das críticas a presidente Dilma Rousseff e, ao apresentar imagens apenas de um diálogo entre o governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva, tenta colar a imagem dela a do socialista para que ele suba nas pesquisas.

Gravado antes da divulgação de novas informações sobre a aquisição da uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, em 2006, o programa também critica Dilma pela perda de valor de mercado da estatal durante sua gestão.

"Eu que vi em 2010 a presidenta Dilma dizer que ia defender a Petrobras, que o adversário dela ia privatizar a Petrobras. Eu vi três anos depois a Petrobras valer metade do que valia. Ou seja, tem meia Petrobras. E dever quatro vezes mais do que devia", ataca Campos num trecho do vídeo, ao qual a Reuters teve acesso.

Numa tentativa clara de evitar um embate direto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Campos e Marina, que foram ministros durante a gestão do petista, centraram suas críticas à Dilma e asseguraram que vão garantir as conquistas dos últimos governos.

"É inegável que houve avanços (nos últimos anos) e o presidente Lula cuidou de preservar esses avanços", afirma Campos. "De 2011 para cá, todos nós sabemos que começamos a ver as coisas não darem certo como se imaginava que poderia dar", continua.

E Marina prossegue com a crítica. "A gente vinha numa trajetória de progresso econômico e social e até com alguns ganhos ambientais, e o que a gente percebe é que estamos numa trajetória de retrocessos", afirma.

Os dois criticam ainda a inflação elevada, o modelo energético, que foi elaborado por Dilma quando era ministra de Minas e Energia, e a falta de disposição da presidente para dialogar com a sociedade.


"Ela teve a oportunidade de chegar à Presidência da República, de receber um legado do presidente Lula, com quem nós trabalhamos. Ela poderia ter feito pelo Brasil aquilo que ela se comprometeu a fazer, que era seguir melhorando o Brasil. Não desmanchar o que estava feito e fazer o que restava fazer", ataca Campos.

A união entre o socialista e Marina ocorreu em outubro do ano passado, num lance que surpreendeu a cena política, depois que a ex-senadora não conseguiu criar seu partido, a Rede Sustentabilidade, para se candidatar à Presidência.

Os dois então passaram a tentar superar a polêmica sobre quem estará na cabeça da chapa, já que Campos preside o PSB, mas Marina, recém filiada, sempre esteve melhor posicionado que ele nas pesquisas.

Após superada a polêmica e definido que Campos encabeçará a chapa tendo Marina como provável vice, a expectativa dos socialistas é que houvesse uma maior transferência da intenção de votos para o governador pernambucano, que até agora as pesquisas não registraram.

Por isso, parte do programa foi produzido para ratificar que os dois estão juntos e que Campos encabeça a chapa.

"Sua decisão mudou a política brasileira, uma mulher que tem o respeito do povo brasileiro e do mundo, que teve 20 milhões de votos, dizendo assim: 'eu não estou aqui em busca de candidaturas de partidos para me filiar'", diz Campos logo no começo do vídeo.

"O que nos une é o desejo de voltar a fazer o Brasil melhorar", prossegue. "O povo brasileiro já sabe o que quer, ele quer é mudar. Ainda não sabe é que nós estamos juntos para ajudar nessa mudança", acrescenta Campos, que aposta na união com Marina para se tornar conhecido e chegar ao segundo turno da eleição.

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