Marina Silva e Eduardo Campos: o PSB não é a favor de todo o projeto, enquanto a Rede defende a aprovação da proposta, que é apoiada pelo governo (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2014 às 09h52.
Brasília - Unidos no apoio ao pré-candidato Eduardo Campos, PSB e Rede deverão votar desunidos na primeira relevante votação no Congresso Nacional neste ano: o projeto que cria o Marco Civil da internet.
Para deixar cravado que é oposição ao governo, o PSB mudou seu entendimento há um mês atrás e já não é mais a favor de todo o projeto, cujo relator é o deputado petista Alessandro Molon (RJ). Já a Rede defende a aprovação da proposta de Molon, que é apoiada pelo governo.
A ex-ministra Marina Silva, provável vice de Campos na chapa presidencial, trabalha para que o projeto passe na íntegra pela votação na Câmara, programada para hoje (18). Para solucionar a divergência, o líder do PSB, Beto Albuquerque, deverá liberar a bancada para que cada deputado vote como quiser.
Reforça esse cenário o fato de que há divergência mesmo para o grupo de deputados do PSB que não são egressos da Rede. A deputada Luiza Erundina (SP), por exemplo, tem atuado para convencer seus pares a votar a favor da proposta.
Em uma reunião do PSB realizada na semana passada com o relator do projeto, Erundina pediu a seu partido que aprove o projeto. Mas a orientação do governador de Pernambuco e pré-candidato a presidente, Eduardo Campos, é para que o partido rejeite alguns pontos do projeto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.