Policiais patrulham a região da Avenida Paulista com bicicletas, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2014 às 20h12.
São Paulo - Um protesto de policiais militares reuniu cerca de 500 pessoas a partir das 16 horas em frente ao Itaquerão, na zona leste de São Paulo.
As vias ao redor do estádio ficaram congestionadas por causa do ato, e a Marginal do Tietê e a Radial Leste pararam à tarde por causa da movimentação dos policiais em direção ao estádio.
Os manifestantes pedem um reajuste salarial de 19%. O governo não ofereceu nenhum aumento.
"Esse valor corresponde ao que o governo não deu no ano passado e neste ano. Eles disseram não ter previsto esse gasto no orçamento, mas a gente provou que o impacto do reajuste será pequeno, porque representa entre 350 e 480 reais por praça", afirmou o coronel Sérgio Payão, um dos organizadores do ato.
Segundo o coronel, a vida em São Paulo é mais cara que em outras capitais brasileiras, mas o salário não corresponde.
"Sergipe, Rio Grande do sul e vários outros Estados têm salário melhor para a polícia. Aqui, tem um PM para cada 507 habitantes. Em Brasília, é um para 189. Somos submetidos a uma carga de trabalho muito maior", explicou.
O coronel também citou a Copa da Mundo como um ponto a ser considerado pelo governo.
"Somos contra a greve porque quem paga é o cidadão. Mas nesse contexto está se tornando insuportável. Inadmissível que num ano como esse tenham esquecido da nossa categoria", disse.
Uma das possibilidade cogitadas pela PM é, se não houver acordo, cumprir a operação padrão.
Resposta
A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota, que "tem mantido diálogo transparente e permanente com a Polícia Militar" e que "os índices de aumento salarial serão anunciados no tempo oportuno".
Ainda segundo a SSP, na atual gestão já foram concedidos três aumentos salariais e a promoção de 27.282 policiais militares.