Exame Logo

Projeto que acaba com Exame da Ordem volta para CCJ

Parlamentares que apoiam votação do projeto com urgência afirmaram que a própria OAB tem intenção de modificá-lo

Para o deputado Eduardo Cunha, é injusto que os formados em Direito sejam os únicos a não poder exercer a profissão sem passar em um exame (Agencia Camara)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 21h06.

Brasília - O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (4) requerimento de urgência para o projeto que acaba com o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Com isso, a proposta voltará para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Foram 233 votos contrários à urgência, 145 favoráveis e 6 abstenções.

Autor da proposta, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) argumentou que o exame seria injusto por impedir que bacharéis em direito exerçam a profissão. "O curso de Direito é o único entre todos os de nível superior em que quem se forma não tem direito de exercer a profissão".

O líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), defendeu posição contrária. "Ninguém se forma advogado, se forma bacharel em Direito, que se ramifica para várias áreas de atuação", disse. "A Ordem preserva a qualidade da profissão e é uma entidade importante para a democracia", completou.

Parlamentares que defenderam a rejeição da urgência argumentaram que a própria Ordem estaria disposta a fazer alterações no exame. Uma delas seria permitir que um bacharel reprovado na segunda fase do exame seja dispensado de fazer novamente a primeira fase no teste posterior.

O projeto foi apresentado pelo deputado Eduardo Cunha no ano passado depois de a OAB ter aprovado uma moção contra a sua indicação para a função de relator do Código de Processo Civil. Cunha, investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), acabou sendo retirado da função pelo líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves.

Veja também

Brasília - O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (4) requerimento de urgência para o projeto que acaba com o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Com isso, a proposta voltará para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Foram 233 votos contrários à urgência, 145 favoráveis e 6 abstenções.

Autor da proposta, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) argumentou que o exame seria injusto por impedir que bacharéis em direito exerçam a profissão. "O curso de Direito é o único entre todos os de nível superior em que quem se forma não tem direito de exercer a profissão".

O líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), defendeu posição contrária. "Ninguém se forma advogado, se forma bacharel em Direito, que se ramifica para várias áreas de atuação", disse. "A Ordem preserva a qualidade da profissão e é uma entidade importante para a democracia", completou.

Parlamentares que defenderam a rejeição da urgência argumentaram que a própria Ordem estaria disposta a fazer alterações no exame. Uma delas seria permitir que um bacharel reprovado na segunda fase do exame seja dispensado de fazer novamente a primeira fase no teste posterior.

O projeto foi apresentado pelo deputado Eduardo Cunha no ano passado depois de a OAB ter aprovado uma moção contra a sua indicação para a função de relator do Código de Processo Civil. Cunha, investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), acabou sendo retirado da função pelo líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosDireitoExame da OABOABPolítica no Brasil

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame