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Projeto de recuperação dos Estados será votado hoje, diz Maia

Segundo o presidente da Câmara, a proposta é urgente, uma vez que o Rio "não pode esperar mais um mês" para que haja uma solução para sua crise fiscal

Rodrigo Maia: apesar da determinação do presidente da Câmara, o quórum nesta segunda-feira ainda está baixo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2017 às 17h36.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que vai votar o projeto de recuperação fiscal dos Estados nesta segunda-feira, 10, mesmo que isso signifique uma derrota da proposta.

"A matéria precisa ir a voto, mesmo que o resultado não seja favorável, tem que ter uma solução, nem que a solução seja voltar à estaca zero, o que a gente não pode é ficar postergando uma decisão", disse.

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Segundo Maia, o Rio de Janeiro "não pode esperar mais um mês" para que haja uma solução para a crise fiscal do Estado. Se a proposta for rejeitada pela Câmara, o tema não poderá ser votado novamente neste ano legislativo e o caminho mais provável é que o governo federal faça uma intervenção no Estado.

"A nossa obrigação é votar esta semana, encerrar esse assunto, se possível com resultado positivo, para que a gente possa encaminhar ao Senado, para que o Rio e o Rio Grande do Sul comecem a ter condições, em cima dessa recuperação, de reorganizar as suas contas", disse.

Apesar da determinação do presidente da Câmara, o quórum nesta segunda-feira ainda está baixo - apenas 86 deputados marcaram presença na Casa.

Maia, no entanto, afirmou que muitos parlamentares ainda estão chegando a Brasília e que será possível votar a matéria mais tarde.

Deputados têm mostrado resistência em aprovar a proposta por considerar as contrapartidas para aderir ao regimes duras demais.

Eles também reclamam que o projeto beneficia Estados que não cumpriram suas obrigações fiscais em detrimento de governos que conseguiram manter o equilíbrio das contas.

Na semana passada, a votação foi adiada porque ainda havia resistências ao texto proposto pelo relator Pedro Paulo (PMDB-RJ), especialmente do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), que ainda discutia mudanças que poderiam entrar em forma de emendas ao projeto.

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