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Programa Mais Médicos não vai recrutar estrangeiros em 2015

Nesta última etapa, foram preenchidas 387 vagas; todas ocupadas por profissionais brasileiros

Arthur Chioro: na primeira etapa do programa, dos 14.462 médicos contratados para trabalhar na estratégia, a maioria era cubana: 11.429 profissionais (Valter Campanato/ Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2015 às 12h06.

São Paulo - O Mais Médicos não vai recrutar neste ano profissionais cubanos e outros estrangeiros. Todas as vagas do programa Mais Médicos foram preenchidas com profissionais brasileiros, segundo o ministro da Saúde , Arthur Chioro.

Nesta última etapa, foram preenchidas 387 vagas. Com os novos números, o Mais Médicos passa a ter 18.240 profissionais. Eles vão trabalhar em 4.058 municípios. Chioro avaliou o resultado como excelente. "Serão 4.139 profissionais formados no Brasil", disse.

É uma grande mudança em relação a edição anterior. Na primeira etapa do programa, dos 14.462 médicos contratados para trabalhar na estratégia, a maioria era formada por mão de obra cubana: 11.429 profissionais.

Eles haviam sido recrutados por meio do convênio firmado com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas). Outros 1.187 eram de brasileiros ou estrangeiros formados no exterior. Apenas 1.846 eram brasileiros que haviam cursado Medicina no Brasil.

Lançado em 2013, o programa sempre foi duramente criticado pelo recrutamento de profissionais por meio do convênio com a Opas. Os médicos estrangeiros não precisavam fazer a revalidação do diploma.

A estratégia de recorrer a profissionais estrangeiros em parte se deve à reação de médicos brasileiros. Inicialmente contrários ao programa, profissionais organizaram boicotes nas primeiras fases da contratação. Os ânimos, no entanto, foram aos poucos se acalmando.

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Neste ano, a receptividade à iniciativa aumentou de forma significativa. A mudança é virtude da combinação de dois fatores: uma melhor costura política e mudanças nas regras do programa.

Participantes do Mais Médicos recebem um bônus de 10% nas concorridas provas de residência médica. Para isso, são necessários 12 meses comprovados de participação no programa.

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