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Professores fazem paralisação em 15 estados

Educadores estaduais pararam suas atividades para reivindicar melhorias no setor


	Professores: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, entre outras, somaram-se às redes já em greve, como Paraná e São Paulo
 (Pedro Ribas/ ANPr)

Professores: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, entre outras, somaram-se às redes já em greve, como Paraná e São Paulo (Pedro Ribas/ ANPr)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2015 às 22h05.

Brasília - Os trabalhadores em educação das redes estaduais 15 estados e das redes municipais em pelo menos seis cidades paralisaram hoje (30) as atividades para reivindicar melhorias no ensino, nas condições de trabalho e na infraestrutura das escolas, além de uma maior valorização.

A greve foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação  e faz parte da 16ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que ocorre até amanhã (1º), e é promovida pela entidade.

"Infelizmente, a educação pública não está sendo tratada como deve", diz o presidente da confederação, Roberto Leão, "Escola pública não é algo que diz respeito aos trabalhadores apenas, é da sociedade, e a sociedade percisa se levantar e defender essa educação, cobrar políticas dos estados e municípios".

De acordo com Leão, as redes estaduais de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rondônia e Piauí somaram-se às redes já em greve da Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Pará.

Em relação às redes municipais, aderiam o movimento as redes de Maceió (AL), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço e Pedra Preta (MT). Os dados municipais ainda estão sendo consolidados e o número pode subir.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o cumprimento do Piso Salarial do Magistério; que é R$ 1.917,78 para uma jornada de 40h e formação de nível médio; dos Planos de Carreira; das metas e prazos do Plano Nacional de Educação (PNE); pela equiparação à média salarial de outras categorias do funcionalismo público e protestar contra a terceirização.

Para a confederação, o Brasil precisa aumentar os investimentos educacionais na proporção de 10% do PIB, ao longo da próxima década – tal como prevê o PNE. Para isso, pede a imediata vinculação de novos recursos para a área além dos royalties do Petróleo.

A Confederação considera que as medidas provisórias 664 e 665 dificultam o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, ao auxílio doença e às pensões por morte e representam sério retrocesso para os trabalhadores.

A confederação também repudia o Projeto de Lei 4.330/04, que visa a instituir a terceirização ilimitada nas empresas privadas. Para a confederação, se for aprovado, poderá trazer consequências graves para os trabalhadores de todo país.

Os trabalhadores também se solidarizaram aos professores do Paraná. "O dia se tornou um dia de manifestação de repúdio à atitude covarde do governador Beto Richa, que ontem agrediu, massacrou os trabalhadores de educação em Curitiba", diz Leão.

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