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Professores da Uerj ameaçam nova greve contra corte de ponto

O motivo, desta vez, é o corte no pagamento, por dois meses, dos salários de professores substitutos que aderiram à paralisação anterior

Campus da UERJ: em 15 dias, uma quantia de R$ 7 mil foi distribuída entre cerca de 70 dos 900 professores substitutos (Junius/ Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 17h59.

Rio de Janeiro- Um mês após o fim da greve na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), os professores da instituição ameaçam suspender as aulas novamente. O motivo, desta vez, é o corte no pagamento, por dois meses, dos salários de professores substitutos que aderiram à paralisação anterior. Até amanhã (11), a Associação de Docentes da Uerj aguarda uma proposta da reitoria.

A universidade cortou o ponto dos professores substitutos que participaram do movimento por meio de uma manobra considerada “legalmente questionável”, segundo a Associação de Docentes da Uerj. A entidade afirma que o pagamento dos salários referentes aos três meses de greve fazia parte do acordo para retomada das aulas no dia 19 de setembro.

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“A reitoria, por obra de um instrumento que ela mesma criou, tem condições para o corte do ponto dos professores contratados", disse o presidente da associação, Guilherme Mota. “Obviamente, como não estão recebendo, vão cruzar os braços infelizmente, vão acabar se recusando a entrar em sala”, completou

Procurada pela Agência Brasil, a direção da Uerj não respondeu até o momento.

Uma nova greve prejudicará, principalmente os alunos do Colégio de Aplicação (Cap), onde mais de 100 professores são substitutos, o equivalente a metade dos docentes da unidade, segundo Mota. “O cenário é mais complicado, o volume de dias trabalhado é maior que os da universidade”. O colégio, com cerca de mil alunos do ensino fundamental e médio, está entre os melhores do país.

Caso a universidade não apresente uma proposta para o pagamento dos salários atrasados até amanhã, quando se reúne com o conselho universitário da Uerj, a associação de docentes avalia aprovar uma greve na próxima semana. A decisão dependerá de uma assembleia, que deve ser convocada amanhã, com base na reunião.

Para ajudar os professores sem salário, a associação lançou uma campanha para arrecadar dinheiro. Em 15 dias, uma quantia de R$ 7 mil foi distribuída entre cerca de 70 dos 900 professores substitutos que se cadastraram para receber o apoio financeiro, em setembro.

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