Brasil

Produtos xing ling na linha de frente da guerra entre Brasil e China

Segundo reportagem do Financial Times, tensões da guerra comercial entre Brasil e China devem aumentar neste ano

"Xing lings" na linha de frente da guerra comercial entre Brasil e China (Alexandre Battibugli/EXAME)

"Xing lings" na linha de frente da guerra comercial entre Brasil e China (Alexandre Battibugli/EXAME)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 10h41.

São Paulo - As tensões da guerra comercial entre Brasil e China devem aumentar neste ano, de acordo com reportagem publicada nesta segunda-feira, pelo jornal Financial Times, um dos mais importantes no mundo da economia e negócios.

E, na linha de frente, estão os produtos piratas vindos da China, conhecidos popularmente como "xing ling", vendidos em galerias de lojas espalhadas no centro da cidade de São Paulo.

Segundo a reportagem, o Brasil tem até agora visto a China como um aliado e um “mercado crucial” para suas exportações.

No ano passado, Brasil apresentou um superavit comercial com a China de 5,2 bilhões de dólares, impulsionado pela fome chinesa por commodities.

“Mas uma inundação crescente de produtos manufaturados baratos chineses no Brasil deve testar esse relacionamento”, diz o Financial Times.

Os produtos baratos, a que a reportagem se refere, vão de “telefones a imitações de relógios Rolex e bolsas e óculos de sol de luxo”, que acabam minando a competitividade da indústria nacional.

O texto afirma ainda que, no ano passado, o déficit na balança comercial em bens manufaturados chegou a um recorde de 23,5 bilhões de dólares. Há sete anos, era de 600 milhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaChinaComércioComércio exteriorDados de Brasil

Mais de Brasil

O que muda com a regulamentação das apostas esportivas no Brasil e os desafios para o setor em 2025

Energia eólica em alto-mar: a força do vento para mais desenvolvimento e empregos

Polícia Civil prende suspeito de ser mentor de ataque em assentamento em Tremembé

Defesa de Daniel Silveira volta a pedir indulto natalino e liberdade condicional