Procuradoria pede prisão preventiva para ex-assessor de Cabral
A Procuradoria da República solicita que seja decretada a prisão preventiva de Paulo Fernando Magalhães Pinto "para garantia da ordem pública".
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de novembro de 2016 às 16h32.
Última atualização em 25 de novembro de 2016 às 16h33.
São Paulo - O Ministério Público Federal pediu ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, a prisão preventiva de Paulo Fernando Magalhães Pinto, ex-assessor especial do governador Sérgio Cabral .
Na manifestação ao juiz Marcelo Bretas, a Procuradoria da República solicita que seja decretada a preventiva "para garantia da ordem pública".
"Efetivada a prisão de Paulo Fernando e realizadas sua oitiva e demais diligências requeridas, surgiram razões para decretação da sua prisão preventiva na forma do Código de Processo Penal art. 311 e segs", afirma a Procuradoria.
Paulo Magalhães Pinto foi capturado temporariamente na Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato deflagrado em 17 de novembro, e teve a custódia ampliada em cinco dias na segunda-feira, 21.
A suspeita da Calicute é que Paulo Magalhães Pinto seja "testa de ferro" de Sérgio Cabral, de quem foi assessor entre 2007 e 2014.
Segundo o Ministério Público Federal, Paulo Fernando Magalhães Pinto é investigado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
"Os indícios da autoria criminosa para o crime de lavagem e organização criminosa são fartos, ante o quadro probatório carreado aos autos demonstrando que Paulo Fernando ocultava - e oculta - para Sérgio Cabral, entre outros bens, a propriedade da lancha Manhattan Rio o real locatário do escritório da Ataulfo de Paiva nº 1351/501, Leblon", sustenta a força-tarefa.
A Procuradoria aponta indícios que "Paulo Fernando segue pagando os 'alugueres' de Sérgio Cabral no escritório da Ataulfo de Paiva, através da sua empresa Objetiva, o que caracteriza ato de lavagem ainda sendo praticado e mais, o ocultando, através de sua empresa MPG participações, a propriedade da lancha mencionada, necessária sua custódia para garantia da ordem pública".