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Procon descarta 218 kg de carne vencida no Rio

Os fiscais encontraram ainda 24 kg de produtos vencidos na área de vendas do Rioja Frigorífico, entre queijo muçarela, presunto e linguiça calabresa

Carnes: o frigorífico declarou que informou ao fiscal que houve erro de data de vencimento, e que, se realmente estas peças tivessem vencidas, as mesmas já estariam em estado de decomposição (Ricardo Moraes/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de março de 2017 às 19h33.

Última atualização em 23 de março de 2017 às 19h35.

O Procon Estadual descartou hoje (23), 243 quilos (kg) de carnes , embutidos e frios com prazo de validade vencido no Rioja Frigorífico instalado no Mercado São Sebastião, na Penha, zona norte do Rio.

De acordo com a fiscalização, na câmara resfriada do frigorífico foram encontrados 218,8 kg de traseiro bovino com osso, vencidos em 26 de fevereiro.

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Os fiscais encontraram ainda 24 kg de produtos vencidos na área de vendas, entre queijo muçarela, presunto e linguiça calabresa.

A câmara resfriada de carne com osso apresentava, ainda, ferrugem nos trilhos e portas.

Os fiscais deram prazo de sete dias para adequação do sistema. Caso contrário o frigorífico será interditado.

A direção da Rioja Indústria e Comércio de Alimentos Ltda informou, em nota, que confirma a visita dos fiscais do Procon, onde descrevem terem encontrado na câmara frigorífica, três peças de carne resfriada de bovino com osso (traseiro), no total de 218,8 kg, com vencimento em 26 de fevereiro.

A Rioja se defende informando que estas três peças vieram juntas com mais 169 peças de carne recebidas da empresa Minerva S/A, com sede em Palmeiras de Goias (GO), conforme nota fiscal, datada de 18 de março de 2017, com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), com vencimento no dia 26 deste mês.

A Rioja disse ainda, na nota, que informou ao fiscal que houve erro de data de vencimento, e que, se realmente estas peças tivessem vencidas em 26 de fevereiro, as mesmas já estariam em estado de decomposição, fato que não foi constatado pelo Procon.

"No que diz respeito aos demais produtos, como muçarela, presunto e linguiça calabresa, a Rioja informou que tem uma loja de varejo que atende ao público com venda em caixas fechadas, sendo que os funcionários solicitam o fracionamento das peças para levarem para casa e que, por erro, houve datas divergentes", informou na nota.

Em outra fiscalização, no Frigomar Comercial de Alimentos, também no Mercado São Sebastião, o Procon constatou que os trilhos e a porta da câmara de carnes também estavam enferrujados.

Na área de manipulação, a viga enferrujada estava em contato com mesa de manipulação e os trilhos onde se encontravam as carnes penduradas estavam completamente enferrujados.

Ainda na área de manipulação, o teto aparentava conter mofo.

Os fiscais deram prazo de 15 dias para reparo de todas as irregularidades, também sob pena de interdição. Além disso, não havia o Livro de Reclamações no estabelecimento.

O Frigomar respondeu que a câmara frigorífica estava desativada e que não tinha alimentos no compartimento.

A empresa disse que cumprirá as exigências do Procon dentro do prazo estabelecido.

Atacado

O Mercado São Sebastião é um complexo atacadista e funciona como um centro de distribuição de produtos para a cidade do Rio de Janeiro.

Várias redes de supermercado e empresas alimentícias têm galpões no Mercado São Sebastião, além de transportadoras de cargas.

Ele também serve de base para a Bolsa de Gêneros Alimentícios (BGA), responsável pela definição de preços dos mais variados produtos vendidos em prateleiras de supermercados.

O preço de 80% de toda comida que passa pelo Rio de Janeiro é negociado no mercado.

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