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Processo do Carandiru não mobiliza mais como no início

Na plateia, quase só se viam advogados e curiosos de passagem sentados em um plenário com capacidade para 230 pessoas, praticamente desocupado

Plenário do Fórum da Barra Funda: para o promotor Márcio Friggi, "é natural que as pessoas percam o interesse no processo ao longo dos anos" (Marcelo Camargo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 09h10.

São Paulo - Do primeiro julgamento, em abril de 2013, até a última audiência em março, o júri do massacre do Carandiru esvaziou.

Na plateia, quase só se viam advogados e curiosos de passagem sentados em um plenário com capacidade para 230 pessoas, praticamente desocupado.

Até familiares dos réus foram recomendados a não comparecer. Mesmo Organizações Não Governamentais (ONGs) ligadas ao sistema carcerário mostraram desinteresse.

"É como você colocar em julgamento os soldados que vão para a guerra e os mandantes ficarem totalmente fora de qualquer punição", diz o padre Valdir João Silveira, da Pastoral Carcerária Nacional. "Não adianta punir os policiais se a estrutura que criou a política violenta da época é mesma que se mantém no poder."

Segundo ele, entidades de direitos humanos ligadas à Rede 2 de Outubro estão mais interessadas em um sistema de Justiça restaurativa, em que o agressor participa do processo de reparação do dano da vítima e reconhece o erro. "Fomos convidados pelo o Ministério Público para participar do julgamento, mas não tínhamos interesse."

Para o promotor Márcio Friggi, "é natural que as pessoas percam o interesse no processo ao longo dos anos." A baixa mobilização chamou a atenção da diretora do Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu.

"Não entendemos o que houve. Conversamos com outras entidades, mas elas não quiseram comparecer. Parece que esfriou."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Do primeiro julgamento, em abril de 2013, até a última audiência em março, o júri do massacre do Carandiru esvaziou.

Na plateia, quase só se viam advogados e curiosos de passagem sentados em um plenário com capacidade para 230 pessoas, praticamente desocupado.

Até familiares dos réus foram recomendados a não comparecer. Mesmo Organizações Não Governamentais (ONGs) ligadas ao sistema carcerário mostraram desinteresse.

"É como você colocar em julgamento os soldados que vão para a guerra e os mandantes ficarem totalmente fora de qualquer punição", diz o padre Valdir João Silveira, da Pastoral Carcerária Nacional. "Não adianta punir os policiais se a estrutura que criou a política violenta da época é mesma que se mantém no poder."

Segundo ele, entidades de direitos humanos ligadas à Rede 2 de Outubro estão mais interessadas em um sistema de Justiça restaurativa, em que o agressor participa do processo de reparação do dano da vítima e reconhece o erro. "Fomos convidados pelo o Ministério Público para participar do julgamento, mas não tínhamos interesse."

Para o promotor Márcio Friggi, "é natural que as pessoas percam o interesse no processo ao longo dos anos." A baixa mobilização chamou a atenção da diretora do Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu.

"Não entendemos o que houve. Conversamos com outras entidades, mas elas não quiseram comparecer. Parece que esfriou."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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