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Primeiro-secretário da Câmara descarta nova eleição

Também anunciou que a Câmara vai recorrer ao STF contra a suspensão do mandato de Cunha, por entender que houve interferência no Legislativo


	Eduardo Cunha: "Vamos defender a preservação do mandato e estamos discutindo como será o recurso ao STF"
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Eduardo Cunha: "Vamos defender a preservação do mandato e estamos discutindo como será o recurso ao STF" (Ueslei Marcelino / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 20h59.

Brasília - O primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), reagiu na noite desta quinta-feira, 5, à movimentação de partidos da oposição para promover nova eleição para presidente da Casa e evitar que Waldir Maranhão (PP-MA) continue no cargo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Mansur descartou a realização de nova eleição. Também anunciou que a Câmara vai recorrer ao STF contra a suspensão do mandato de Cunha, por entender que houve interferência no Legislativo.

O primeiro-secretário informou, porém, que ainda não está definido que tipo de recurso será encaminhado ao Supremo. "Vamos defender a preservação do mandato e estamos discutindo como será o recurso ao STF", afirmou.

Sobre Maranhão, Mansur disse que o vice é o substituto de Cunha.

"Ele foi eleito vice presidente, vai assumir a presidência da Câmara e vamos procurar ajudar nesse momento.A Casa precisa andar. Waldir Maranhão é deputado como todos os outros. Estamos discutindo a preservação da instituição", disse Mansur, ao deixar reunião com líderes partidários em que foi discutida a possibilidade de nova eleição para presidente da Câmara.

Maranhão não participou da reunião. Líderes da oposição argumentaram que não teriam liberdade para defender a tese de nova eleição diante do presidente em exercício da Câmara.

Embora não queira que Maranhão ocupe o lugar de Cunha, o 'centrão', formado por PP, PR, PSD, PTB e Solidariedade, principal sustentação do presidente afastado, não aceita a tese de PSDB, DEM e PPS de que há vacância na presidência da Câmara.

O argumento da oposição é de que Cunha foi afastado temporariamente, mas a ação penal a que responde no Supremo não será concluída até fevereiro de 2017, quando termina o mandato do presidente, o que significa na prática que o deputado não retornará ao comando da Câmara.

Os aliados de Cunha querem evitar que cresça o movimento pela renúncia do presidente afastado.

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