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Presos 5 acusados de desvio de R$ 100 mi em licitações

Operação levou ao cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão e à prisão de 5 suspeitos


	Garrafas plásticas: grupo formado por empresários do ramo de fabricação de embalagens plásticas é acusado de atuar em nove municípios no Estado de São Paulo, incluindo a capital
 (Getty Images)

Garrafas plásticas: grupo formado por empresários do ramo de fabricação de embalagens plásticas é acusado de atuar em nove municípios no Estado de São Paulo, incluindo a capital (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 20h19.

São Paulo - Operação deflagrada nesta terça-feira, 14, pelo Ministério Público de São Paulo em conjunto com as Polícias Militar e Civil levou ao cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão e à prisão de 5 suspeitos de participar de uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 100 milhões em licitações fraudadas nos últimos dois anos.

Conforme divulgou o MP, o grupo formado por empresários do ramo de fabricação de embalagens plásticas é acusado de atuar em nove municípios no Estado de São Paulo, incluindo a capital, além dos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Batizada de "Colludium", a operação foi organizada pelos núcleos de Bauru e da capital paulista do GAECO - grupo de atuação especial do MP contra o crime organizado - e envolveu 9 promotores de Justiça e ao menos 100 policiais militares e civis.

Dentre os presos estão fabricantes de sacos para lixo hospitalar e para lixo comum, acusados de fraude em licitações, formação de quadrilha, formação de cartel e corrupção. Segundo o Ministério Público, o grupo investigado dominava as licitações "comprando" a desistência de participantes, revezando-se nas "vitórias" dos certames e superfaturando os valores dos produtos.

Muitas vezes o grupo ainda contava com a ajuda criminosa de funcionários públicos do interior dos órgãos responsáveis pelas licitações, sendo que nem todos cobravam propina para colaborar. Com a ajuda de funcionários públicos o grupo também elaborava editais direcionados. As estimativas do Ministério Público apontam que, nos últimos dois anos, o grupo recebeu valores das Prefeituras, do Estado, de faculdades, hospitais e outras entidades públicas que ultrapassam R$ 100 milhões.

Segundo o MP, foram apreendidos nesta terça documentos que comprovam as fraudes, além de computadores e outras mídias que podem conter mais informações sobre o grupo. A operação foi desencadeada nas cidades de Bauru, São Paulo, Jaú, Marília, Lucélia, Indaiatuba, Carapicuíba, Taboão da Serra e Oscar Bressane.

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