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Prejuízo de atos terroristas no Senado chega a R$ 3 milhões

Prioridade será trocar os vidros de locais como a Chapelaria, o Salão Negro, o Museu do Senado e gabinetes que foram invadidos

Móveis e janelas danificadas no Senado Federal. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Móveis e janelas danificadas no Senado Federal. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 19h57.

Os atos terroristas no último domingo, 8, custarão entre R$ 3 milhões e R$ 3,5 milhões ao Senado Federal, pelos cálculos da diretoria-geral da Casa. A estimativa é de que cerca de R$ 1 milhão sejam desembolsados apenas para trocar os vidros destruídos por bolsonaristas durante a invasão. Os carpetes do Salão Azul também precisarão ser substituídos.

As áreas técnicas do Senado chegaram à estimativa em reunião na tarde desta segunda-feira, 9, na qual fizeram um levantamento dos danos. O valor de R$ 3 milhões a R$ 3,5 milhões corresponde aos itens que podem ser repostos, como vidros, espelhos e sofás, ressaltou a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka.

Não entram na lista obras de arte de valor incalculável, como o painel de Athos Bulcão que foi vandalizado e a tapeçaria de Burle Marx, em cima da qual os bolsonaristas urinaram depois de rasgar. "Há algo que não podemos estimar. Qual o valor de um painel de Athos Bulcão? Qual o valor de uma tapeçaria de Burle Marx?", questionou Trombka.

Para garantir a segurança de parlamentares e servidores, a prioridade será trocar os vidros de locais como a Chapelaria, o Salão Negro, o Museu do Senado e gabinetes que foram invadidos. Também será preciso trocar o carpete do Senado, que se estende pelo conhecido Salão Azul, que foi manchado e molhado com o uso de mangueiras de incêndio.

Obras de arte destruídas

Os vândalos rasgaram e urinaram em uma tapeçaria do artista Burle Marx que estava exposto no Salão Nobre do Congresso. Um tinteiro de bronze da época do Império também foi vandalizado. Os danos a uma mesa que fica na recepção da Presidência do Senado, datada da época do Palácio Monroe, podem ser irreversíveis.

Também na entrada da Presidência do Senado, um quadro de Guido Mondin foi destruído. Outro quadro que retrata a assinatura da Constituição, pintado em 1890, foi danificado. "Não conseguiram derrubá-lo, mas se penduraram no quadro, fazendo com que a parte de baixo ficasse solta", disse Trombko. "É uma peça com valor incalculável."

 

 

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