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Prefeitura de SP estuda internar pessoas com sintomas leves de coronavírus

A mudança será feita porque muitas pessoas diagnosticadas com a covid-19 estão retornando aos hospitais depois de uns dias com estado grave

Coronavírus: prefeitura vai mudar a estratégia de atendimento na cidade de São Paulo (DANIEL TEIXEIRA/Estadão Conteúdo)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2020 às 21h00.

Última atualização em 17 de abril de 2020 às 21h00.

A Prefeitura de São Paulo deve mudar seu protocolo de atendimento na próxima semana e internar pacientes com sintomas leves de covid-19 . Até hoje, quem apresentava esse tipo de quadro era mandado para casa com orientação para ficar isolado de seus familiares. Agora, pode ser encaminhado ao hospital de campanha do Complexo do Anhembi, na zona norte.

A mudança se mostra necessária, segundo o secretário da Saúde, Edison Aparecido, porque a Prefeitura constatou que há grande volume desses pacientes que voltam a procurar a Saúde, em um segundo atendimento na rede de atenção básica, já com um quadro agravado de dificuldade respiratória, precisando de auxílio mecânico para respirar e de vagas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que estão próximas da lotação.

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"O que estamos pensando é que a atenção básica (os postos de saúde dos bairros) vai receber esses pacientes e já transferir para o Anhembi. Lá, eles vão ser testados e vão ficar em observação", afirmou o secretário. Com a mudança, a Prefeitura tenta evitar que os pacientes evoluam a ponto de precisar de UTI. Até a quinta-feira, 16, a cidade contava com 161 leitos vagos de UTI e 230 ocupados. Na rede estadual, que dá apoio à rede da capital e das demais cidades da região metropolitana, há índice de ocupação de 70% dos leitos de UTI com pacientes da covid-19.

Além disso, no hospital, os pacientes ficam afastados do contato direto com familiares que também poderiam ser infectados pelo coronavírus, o que também reduziria a velocidade de propagação da doença.

O Complexo do Anhembi está sendo indicado porque é maior (tem 1.800 leitos) do que o outro hospital de campanha já em operação no Estádio do Pacaembu, que tem 200 vagas. Neste local, a ideia é manter pacientes que têm um quadro mais grave, e que possivelmente terão de ser transferidas para UTIs, ou receber quem já teve melhora e saiu da UTI, mas ainda não têm condições de receber alta médica.

A mudança exige a publicação de normas para as equipe de saúde e o tema ainda terá uma discussão no comitê da Secretaria Municipal da Saúde que acompanha o coronavírus.

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