A administração municipal também planeja construir uma passagem subterrânea próxima à Reta Oposta para facilitar o acesso do público à Estação Autódromo do sistema de trens (Jose Cordeiro/SPTuris/Twitter/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 25 de outubro de 2023 às 17h40.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta quarta-feira que sua administração busca soluções para ampliar os usos do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul, e ao mesmo tempo reduzir o tempo de interdição do espaço para a preparação dos eventos. O desafio deve ser ampliado por novas obras previstas para ocorrer no ano que vem.
Em entrevista concedida ao lado do CEO do Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1, Alan Adler, o prefeito afirmou que R$ 22,4 milhões estão sendo investidos para adequar o autódromo para receber as provas, marcadas para o próximo fim de semana, de 3 a 5 de novembro. Para 2024, a prefeitura pretende também realizar o alargamento de uma das principais vias que levam ao autódromo (a Ponte Interlagos) e fazer a extensão da Marginal Pinheiros, cuja licitação deve ser publicada até o fim deste ano.
A administração municipal também planeja construir uma passagem subterrânea próxima à Reta Oposta para facilitar o acesso do público à Estação Autódromo do sistema de trens. De acordo com o secretário de Governo, Edson Aparecido, a obra deve durar de oito a dez meses para ser concluída.
Os investimentos no autódromo — foram R$ 190 milhões até agora e há a promessa de mais R$ 120 milhões — são um indicativo da mudança de posição da prefeitura em relação ao espaço. Em 2016, o então prefeito João Doria (PSDB) anunciou o plano de privatizar o autódromo, o que foi seguido pelo seu sucessor, Bruno Covas (PSDB), mas que acabou abandonado na gestão Nunes.
"Enquanto eu for prefeito, o autódromo não vai ser concessionado. Nós abandonamos essa ideia porque o autódromo faz parte de um projeto da prefeitura como um equipamento importante de geração de emprego e de renda. E tem dado resultados",disse o prefeito nesta quarta-feira, acrescentando que o GP São Paulo de Fórmula 1 deve criar 14 mil postos de trabalho na cidade e atrair um público superior a 235 mil pessoas (que foi o total registrado no ano passado).