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Prédio comercial no Rio treme e assusta trabalhadores

A funcionária de uma empresa de turismo que fica no 8° andar do prédio, Aline Freitas, de 35 anos, contou que, ao perceber o tremor, por volta das 8h30

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 19h25.

Rio de Janeiro - Um tremor no edifício de 13 andares localizado no número 70 da Rua do Passeio, no centro do Rio de Janeiro, assustou na manhã de hoje (28) as pessoas que estavam no prédio. O forte barulho e as trepidações fizeram com que a maioria evacuasse o local.

A funcionária de uma empresa de turismo que fica no 8° andar do prédio, Aline Freitas, de 35 anos, contou que, ao perceber o tremor, por volta das 8h30, ela e seus colegas abandonaram o edifício.

De acordo com Aline Freitas, não foi a primeira vez que ela sentiu a estrutura balançar. "Sempre treme o prédio aqui, mas eles [os síndicos] dizem que é normal. Hoje, porém, foi mais forte. A gente não vai esperar o prédio cair para descer", disse.

De acordo com o síndico do prédio, Rodrigo Andrade, as trepidações podem ter ocorrido em função da obra de um prédio vizinho, que fica na Rua das Marrecas, transversal à Rua do Passeio. Andrade disse que, ao receber as reclamações, entrou em contato com o responsável pela construção.

"O engenheiro responsável pela obra me assegurou que o edifício está sendo monitorado e disse que as trepidações estão dentro da normalidade e não oferecem risco à infraestrutura. Foi só um susto", disse.

Para o gerente de uma loja de utensílios que fica ao lado do prédio, Marco Aurélio Batista, de 28 anos, o susto foi grande. Ele, que estava arrumando o estoque, procurou sair do estabelecimento com medo de ocorrer um acidente grave.

"Saiu todo mundo correndo com medo. A Defesa Civil falou que o prédio está liberado, mas mesmo assim a gente está com receio de entrar na loja. Aqui no Rio tem vários prédios caindo, ainda mais que esse [referindo-se ao que tremeu] tem mais de 100 anos, aí fica difícil de se trabalhar. A gente trabalha com medo", completou.

Segundo a Defesa Civil Municipal, os engenheiros inspecionaram todo o prédio e constataram que não há riscos de desabamento. O órgão confirmou ainda que o tremor foi mesmo em virtude de um bate-estacas [equipamento utilizado para enterrar estacas no solo, em grandes construções] da obra da Rua das Marrecas.

No último dia 15, parte do prédio em que funcionava o bloco carnavalesco Cordão da Bola Preta, na esquina das ruas do Lavradio e da Relação, também no centro da capital fluminense, desabou. Duas pessoas que passavam pelo local sofreram ferimentos leves. Antes, em janeiro, três prédios desabaram na Avenida 13 de Maio, também no centro, deixando 17 mortos e cinco ainda desaparecidos.

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