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Precisamos de mais maturidade e menos discurso ideológico, diz Joice

Segundo a deputada, o movimento é de "fazer a peneirada para ver quem está atrapalhando e tirar da frente do caminho"

Joice: ela disse, ainda, que "algumas figuras no meio do caminho" tem que entender que o "clima beligerante não ajuda em nada" (Cleia Viana/Agência Câmara)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de maio de 2019 às 18h03.

Última atualização em 20 de maio de 2019 às 18h04.

Brasília — A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann , demonstrou insatisfação com a articulação política e disse que a Medida Provisória 870, da reforma administrativa, só será aprovada se "ninguém atrapalhar".

Sem citar nomes, ela afirmou que é preciso "tirar da frente do caminho" aqueles que estão atacando possíveis aliados do governo no Legislativo, mas ponderou que não se referia ao presidente Jair Bolsonaro .

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"A gente precisa ter mais maturidade política e menos discurso ideológico de palanque. O presidente (Jair Bolsonaro) quer isso. Eu quero isso. A gente tem que fazer a peneirada para ver quem está atrapalhando e tirar da frente do caminho", disse a deputada ao chegar no Palácio do Planalto.

Joice vai se reunir com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para discutir a estratégia do governo no Congresso. Segundo ela, a aprovação da MP 870, que confirma, entre outras coisas, a redução de 29 para 22 ministérios, "vai depender de hoje". "A gente consegue (aprovar) se ninguém atrapalhar", afirmou.

"Temos um Congresso que está disposto a votar a matéria, um grupo de líderes disposto a seguir com as votações. O que tem que acontecer é uma boa conversa e todo mundo baixar a guarda. Chega de clima beligerante. Não se consegue aliados atacando pessoas. Não vamos conseguir aliados atacando aqueles que podem votar conosco, nos textos que são importantes para o governo", criticou.

Ela disse, ainda, que "algumas figuras no meio do caminho" tem que entender que o "clima beligerante não ajuda em nada".

Sobre a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro reunir os líderes esta semana, Joice afirmou que "sempre é importante", mas que nesse caso específico "existem outras figuras em órbita que têm feito ataques àqueles que podem ser nossos aliados". "Não é o presidente que está usando nenhum discurso beligerante", ponderou.

Joice também afirmou que não recebeu o texto encaminhado por WhatsApp pelo presidente na semana passada, nem mesmo o secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten.

"Talvez alguém tenha recebido um texto, e, se recebeu, passar texto encaminhado pelas mãos do presidente para frente, isso é no mínimo mal-caratismo. Então a gente tem que ver quem é que está ajudando e lutando contra o país. Fazer essa peneirada para que a gente possa seguir em frente e tocar o Brasil. Ninguém aguenta mais, a gente precisa de geração de emprego, geração de renda, aprovar essa reforma da Previdência, as Medidas Provisórias. Já deu."

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