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Precisam explicar o que faziam em "festa de bandido", diz Jungmann

Ministro afirmou que pessoas sem antecedentes criminais presas durante operação em evento supostamente organizado por milicianos precisam se explicar

Raul Jungmann: "Para mim, não ter antecedentes criminais não quer dizer que possam ser liberados" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Raul Jungmann: "Para mim, não ter antecedentes criminais não quer dizer que possam ser liberados" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de abril de 2018 às 18h53.

O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou na manhã desta sexta-feira, 20, que as pessoas sem antecedentes criminais presas durante operação da polícia em um evento supostamente organizado por milicianos em Santa Cruz, na zona oeste da capital fluminense, precisam explicar o que estavam fazendo em uma "festa de bandido".

No último dia 7, quatro pessoas foram mortas e outras 159 foram presas, em uma megaoperação policial cujo objetivo era desbaratar uma das maiores milícias da zona oeste.

Do total de presos, 139 não tinham antecedentes criminais e a polícia foi acusada de ter prendido aleatoriamente pessoas que participavam de um evento pago.

Jungmann afirmou, no entanto, que não viu excessos na operação, mas, sim, zelo.

"Se você está numa festa de bandido, de milícia, com armas e drogas, e você vai preso, não há nenhum exagero nisso, pelo contrário, acho que é zelo", disse o ministro, que participou de uma cerimônia na Polícia Federal, ao lado de toda a cúpula da segurança pública do Rio.

O ministro admitiu que a maioria dos presos na operação não tinha antecedentes criminais, mas fez ressalvas.

"Para mim, não ter antecedentes criminais não quer dizer que possam ser liberados; eles precisam explicar o que estavam fazendo lá, numa festa de milícia, numa festa de bandido", disse Jungmann.

"Outra coisa que precisa ser observada é que, justamente por serem da milícia, eles se protegem; justamente por serem milicianos, eles estão, de uma maneira ou de outra, ligados a ex-policiais. Então é preciso ir com calma. De fato, o que aconteceu lá foi que conseguimos prender talvez a maior das milícias que tínhamos aqui (no Rio) e também um farto material, fuzis, pistolas, munição."

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