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PR apoia reforma da Previdência com ajustes, diz presidente do partido

Com 38 deputados e 2 senadores, o PR propõe alterações na PEC da reforma sobre o BPC, a aposentadoria rural e nas regras para os professores

Previdência: o presidente do PR afirmou que o partido será independente do governo (Roosewelt Pinheiro/ABr/Wikimedia Commons)

Previdência: o presidente do PR afirmou que o partido será independente do governo (Roosewelt Pinheiro/ABr/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 9 de abril de 2019 às 14h38.

Brasília — O PR é a favor da reforma da Previdência "com ajustes" e adotará postura de independência em relação ao governo federal, avaliando a cada votação como vai se comportar, disse nesta terça-feira o presidente de honra da legenda, Alfredo Nascimento, após reunir-se com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Nascimento disse que os ajustes que o partido defenderá na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência encaminhada por Bolsonaro ao Congresso envolvem as mudanças nas regras para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), na aposentadoria rural e nas regras para os professores.

O dirigente partidário evitou afirmar como os parlamentares do PR votarão na reforma e adiantou que o partido não fechará questão a favor da medida, apontada como prioritária pela equipe econômica de Bolsonaro, encabeçada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O PR, que tem uma bancada de 38 deputados e 2 senadores, também não quer participar do governo Bolsonaro, garantiu Nascimento a jornalistas após o encontro com o presidente.

Ele disse ainda que Bolsonaro pretende criar um conselho político do qual participariam presidentes e líderes de partidos.

Solidariedade

Em entrevista após se reunir com o presidente, o presidente do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força (SP), disse que já há quase um consenso no Congresso de que as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural, propostas na PEC da reforma da Previdência, precisam ser alteradas.

Paulinho --que comanda um partido que tem 14 deputados federais-- disse que a legenda vai continuar independente e que não houve convite para fazer parte da base governista. Disse ele também que o partido não vai fechar questão em favor da reforma da Previdência.

"Não teve convite para integrar a base nem insinuação nossa para isso. Vamos continuar com as nossas ideias", disse. Ele afirmou que tem uma proposta alternativa de aposentadoria diferente da do governo e sugeriu também desvincular da reforma que está no Congresso a aposentadoria dos Estados.

"A proposta da Previdência está ruim e precisa ser melhorada", disse Paulinho, ao final do encontro.

Desde a semana passada, Bolsonaro tem feito reuniões com presidentes e lideranças partidárias após uma cobrança pública do presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por maior participação na articulação política pela reforma da Previdência, num episódio que incluiu troca pública de farpas entre os dois.

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