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PP apresenta a Haddad indicações para Habitação

A disposição de Haddad em pôr o PP na Habitação desagrada ao PT

O recém-eleito prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), gesticula próximo a sua esposa, Ana Estela, e sua filha, Ana Carolina, em São Paulo (Reuters/Nacho Doce)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 21h48.

Por Vera RosaBrasília - O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), apresentou nesta segunda-feira ao prefeito eleito de São Paulo , Fernando Haddad (PT), uma lista com indicações para comandar a Secretaria Municipal de Habitação. Ribeiro é do PP do deputado Paulo Maluf (SP), o aliado que os petistas tentaram esconder durante a campanha eleitoral.

A disposição de Haddad em pôr o PP na Habitação desagrada ao PT. O deputado estadual Simão Pedro (PT), um dos coordenadores da campanha, gostaria de ocupar essa cadeira. "A ideia é que o PP possa contribuir da melhor forma possível com essa nova gestão em São Paulo", afirmou Ribeiro, sem citar nomes. Haddad deve anunciar a escolha ainda nesta semana.

A presidente Dilma Rousseff jantará nesta terça (13) com o ministro das Cidades, com presidente do PP, senador Francisco Dornelles e com o líder do partido na Câmara, Arthur Lira (AL). Na noite desta segunda, ela recebeu o prefeito Gilberto Kassab (PSD), no Palácio da Alvorada. Enquanto Haddad monta o seu secretariado, Dilma faz os ajustes para a reforma ministerial, que deve ocorrer em fevereiro de 2013.


O PP de Maluf também pretende emplacar o presidente da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab). Na quinta-feira (08), Haddad conversou sobre a composição do governo com o secretário-geral do PP paulista, Jesse Ribeiro. O prefeito eleito foi à casa de Jesse acompanhado do futuro secretário de Governo, vereador Antônio Donato (PT).

Foi depois desse café da manhã que Haddad decidiu começar a negociação diretamente com Aguinaldo Ribeiro, em Brasília. "O Ministério das Cidades tem três programas importantes para São Paulo: Minha Casa, Minha Vida; saneamento básico e mobilidade urbana. Então, é natural essa sinergia", afirmou o secretário-geral do PP paulista.

Na campanha, Haddad foi questionado por repórteres se Maluf levaria algum cargo no governo, caso o petista fosse eleito. "Não vai levar nada", respondeu o então candidato do PT. Depois de derrotar José Serra (PSDB), Haddad admitiu ao Grupo Estado que o PP de Maluf estará em sua administração e lembrou que o partido já integra o governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

"O PP não é do Maluf. É de todos nós", disse Jesse Ribeiro. Para apoiar Haddad, Maluf exigiu, em junho, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tirasse uma foto ao seu lado, nos jardins de sua mansão. A foto causou constrangimento ao PT. Depois disso, Maluf só apareceu ao lado de Haddad na festa da vitória.

O deputado é procurado pela Interpol. Agora, a Justiça de Jersey tenta recuperar US$ 22 milhões, que teriam sido desviados da Prefeitura de São Paulo. Maluf nega o desvio. Se a decisão final for desfavorável ao deputado, que é ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, Haddad terá de cobrar a dívida. "O que for do interesse de São Paulo, independentemente de qualquer outra coisa, será feito. Seja quem for, pode ser contra quem for", disse Haddad em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no mês passado.

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Por Vera RosaBrasília - O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), apresentou nesta segunda-feira ao prefeito eleito de São Paulo , Fernando Haddad (PT), uma lista com indicações para comandar a Secretaria Municipal de Habitação. Ribeiro é do PP do deputado Paulo Maluf (SP), o aliado que os petistas tentaram esconder durante a campanha eleitoral.

A disposição de Haddad em pôr o PP na Habitação desagrada ao PT. O deputado estadual Simão Pedro (PT), um dos coordenadores da campanha, gostaria de ocupar essa cadeira. "A ideia é que o PP possa contribuir da melhor forma possível com essa nova gestão em São Paulo", afirmou Ribeiro, sem citar nomes. Haddad deve anunciar a escolha ainda nesta semana.

A presidente Dilma Rousseff jantará nesta terça (13) com o ministro das Cidades, com presidente do PP, senador Francisco Dornelles e com o líder do partido na Câmara, Arthur Lira (AL). Na noite desta segunda, ela recebeu o prefeito Gilberto Kassab (PSD), no Palácio da Alvorada. Enquanto Haddad monta o seu secretariado, Dilma faz os ajustes para a reforma ministerial, que deve ocorrer em fevereiro de 2013.


O PP de Maluf também pretende emplacar o presidente da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab). Na quinta-feira (08), Haddad conversou sobre a composição do governo com o secretário-geral do PP paulista, Jesse Ribeiro. O prefeito eleito foi à casa de Jesse acompanhado do futuro secretário de Governo, vereador Antônio Donato (PT).

Foi depois desse café da manhã que Haddad decidiu começar a negociação diretamente com Aguinaldo Ribeiro, em Brasília. "O Ministério das Cidades tem três programas importantes para São Paulo: Minha Casa, Minha Vida; saneamento básico e mobilidade urbana. Então, é natural essa sinergia", afirmou o secretário-geral do PP paulista.

Na campanha, Haddad foi questionado por repórteres se Maluf levaria algum cargo no governo, caso o petista fosse eleito. "Não vai levar nada", respondeu o então candidato do PT. Depois de derrotar José Serra (PSDB), Haddad admitiu ao Grupo Estado que o PP de Maluf estará em sua administração e lembrou que o partido já integra o governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

"O PP não é do Maluf. É de todos nós", disse Jesse Ribeiro. Para apoiar Haddad, Maluf exigiu, em junho, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tirasse uma foto ao seu lado, nos jardins de sua mansão. A foto causou constrangimento ao PT. Depois disso, Maluf só apareceu ao lado de Haddad na festa da vitória.

O deputado é procurado pela Interpol. Agora, a Justiça de Jersey tenta recuperar US$ 22 milhões, que teriam sido desviados da Prefeitura de São Paulo. Maluf nega o desvio. Se a decisão final for desfavorável ao deputado, que é ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, Haddad terá de cobrar a dívida. "O que for do interesse de São Paulo, independentemente de qualquer outra coisa, será feito. Seja quem for, pode ser contra quem for", disse Haddad em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no mês passado.

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