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População negra aumentou no Brasil, revela Censo

Pela primeira vez pretos e pardos são a maioria da população do país

Existem 97 milhões de negros no país, segundo a pesquisa (Flickr/Governado de Minas Gerais)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 12h55.

Rio de Janeiro - Pretos e pardos pela primeira vez são maioria no Brasil ao somarem 97 milhões de pessoas, segundo dados do Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos 191 milhões de brasileiros, 47,7% (91 milhões) declararam ser da raça branca, 15 milhões disseram ser pretos, 82 milhões pardos, 2 milhões amarelos e 817 mil indígenas.

A população do país envelheceu cinco anos nas últimas duas décadas e registrou uma idade média de 32,1 anos, com uma maior proporção de idosos brancos, enquanto os pretos e pardos registram as maiores taxas de população jovem.

A fecundidade caiu para 1,86 filhos por mulher, frente aos 2,38 registrados há uma década, embora na região amazônica ainda se mantenha em níveis elevados (2,42 filhos).

A mortalidade infantil foi reduzida para 3,4% de falecimentos no primeiro ano de vida, uma taxa que alcançava 23,3% em 1980.

A taxa de analfabetismo entre maiores de 15 anos caiu quatro pontos percentuais e chegou a 9,6%, embora a proporção de pessoas que não sabem ler aumenta em função da raça (14,4% dos negros) e nas zonas rurais (23,2%).

Metade dos brasileiros vive com uma renda per capita inferior a R$ 375, valor abaixo do salário mínimo (R$ 545).

Os brancos e asiáticos ganham salários que rondam os R$ 1.574 em média, quase o dobro de pretos (R$ 834), pardos (R$ 845) e indígenas (R$ 735).

O nível de ocupação aumentou para 53,3% da população ativa, embora 26,5% dos trabalhadores estejam em condições irregulares.

As desigualdades foram expostas pelo índice de Gini, que em 2010 se situou em 0,526 pontos, em uma escala de zero a um, na qual os valores maiores mostram uma disparidade mais profunda entre ricos e pobres.

O hiato social se acentua nas áreas urbanas, mas nas zonas rurais os indicadores de saneamento básico melhoraram a passos lentos.

O fornecimento de água potável alcançou 91,9% da população urbana e 27,8% da rural, enquanto a rede de esgoto só cobre 32,8% dos domicílios na Amazônia e cerca da metade dos imóveis no nordeste e nas regiões do interior do país.

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Rio de Janeiro - Pretos e pardos pela primeira vez são maioria no Brasil ao somarem 97 milhões de pessoas, segundo dados do Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos 191 milhões de brasileiros, 47,7% (91 milhões) declararam ser da raça branca, 15 milhões disseram ser pretos, 82 milhões pardos, 2 milhões amarelos e 817 mil indígenas.

A população do país envelheceu cinco anos nas últimas duas décadas e registrou uma idade média de 32,1 anos, com uma maior proporção de idosos brancos, enquanto os pretos e pardos registram as maiores taxas de população jovem.

A fecundidade caiu para 1,86 filhos por mulher, frente aos 2,38 registrados há uma década, embora na região amazônica ainda se mantenha em níveis elevados (2,42 filhos).

A mortalidade infantil foi reduzida para 3,4% de falecimentos no primeiro ano de vida, uma taxa que alcançava 23,3% em 1980.

A taxa de analfabetismo entre maiores de 15 anos caiu quatro pontos percentuais e chegou a 9,6%, embora a proporção de pessoas que não sabem ler aumenta em função da raça (14,4% dos negros) e nas zonas rurais (23,2%).

Metade dos brasileiros vive com uma renda per capita inferior a R$ 375, valor abaixo do salário mínimo (R$ 545).

Os brancos e asiáticos ganham salários que rondam os R$ 1.574 em média, quase o dobro de pretos (R$ 834), pardos (R$ 845) e indígenas (R$ 735).

O nível de ocupação aumentou para 53,3% da população ativa, embora 26,5% dos trabalhadores estejam em condições irregulares.

As desigualdades foram expostas pelo índice de Gini, que em 2010 se situou em 0,526 pontos, em uma escala de zero a um, na qual os valores maiores mostram uma disparidade mais profunda entre ricos e pobres.

O hiato social se acentua nas áreas urbanas, mas nas zonas rurais os indicadores de saneamento básico melhoraram a passos lentos.

O fornecimento de água potável alcançou 91,9% da população urbana e 27,8% da rural, enquanto a rede de esgoto só cobre 32,8% dos domicílios na Amazônia e cerca da metade dos imóveis no nordeste e nas regiões do interior do país.

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