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Policial militar obstruiu investigação do caso Marielle, conclui PF

Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, teria criado uma história com a finalidade de confundir as autoridades

Marielle: PF concluiu que houve obstrução à investigação do assassinato da vereadora (Fabio Vieira/FotoRua/Getty Images)

Marielle: PF concluiu que houve obstrução à investigação do assassinato da vereadora (Fabio Vieira/FotoRua/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de maio de 2019 às 09h13.

São Paulo — Relatório da Polícia Federal apontou que um policial militar atuou para atrapalhar as investigações da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. De acordo com informações divulgadas pelo portal G1, o policial Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, teria criado uma história com a finalidade de confundir as autoridades, além de ter aproveitado a trama para se vingar.

Segundo o relatório, Ferreirinha é ex-aliado de Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que foi acusado de tramar o atentado ao lado do vereador Marcello Siciliano. Curicica, que cumpre prisão por outros casos em uma penitenciária federal, e Siciliano negam envolvimento no crime, mas chegaram a ser investigados a partir das suspeitas levantadas por Ferreirinha.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, um delegado da Polícia Federal também estaria envolvido na tentativa de obstrução, tendo levado uma testemunha a dar falso testemunho, dificultando a solução do caso que aconteceu em março de 2018.

Marielle e Anderson foram mortos por um homem que efetuou disparos da janela de um veículo em movimento. Para os investigadores, trata-se do ex-policial militar Ronnie Lessa, que foi preso junto com o ex-policial Elcio Queiroz. Ambos são suspeitos de terem participado diretamente das execuções. A Polícia Civil segue investigando o caso na tentativa de localizar os mandantes do crime.

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