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Polícia prende um dos chefes do tráfico na Rocinha

A polícia não informou as circunstâncias da prisão, efetuada numa grande operação; Alberto Ribeiro Sant'anna dividia o comando na favela com Rogério 157

Rocinha: Cachorrão era segurança de Rogério e foi subindo na hierarquia do crime (Mario Tama/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 16h57.

Rio - Foi preso nesta sexta-feira, 10, o traficante Alberto Ribeiro Sant'anna, conhecido como Cachorrão e apontado como chefe do tráfico na Rocinha junto a Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157.

A favela da zona sul do Rio de Janeiro está sob clima de disputa há dois meses, desde que um bando a mando do ex-chefe do comércio ilegal na comunidade Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que está preso, invadiu o morro para tirar Rogério 157 e seus comparsas do controle do tráfico.

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A polícia não informou as circunstâncias da prisão, efetuada numa grande operação. Cachorrão, ou Cachorro louco, já foi condenado por roubo e por tráfico de drogas, e possui anotações criminais por associação ao tráfico, lesão corporal e dano ao patrimônio público, entre outras.

Chegou a ser preso em 2009 e ganhou liberdade provisória em 2013.

Cachorrão era segurança de Rogério e foi subindo na hierarquia do crime, chegando ao posto de braço-direito; hoje, dividia o comando na favela, segundo investigações.

O lucrativo comércio de drogas da Rocinha é alvo de cobiça desde os anos 1980, quando começaram os embates sangrentos no morro. O último "dono" antes de Rogério 157 foi Nem, preso em 2011. Foi nessa época que Rogério ascendeu.

Quando houve a invasão da Rocinha por homens de Nem no dia 17 de setembro, o bando de Rogério fugiu, mas ainda manteve seu domínio, de acordo com moradores.

Os bandidos vinham sendo procurados desde então em operações na própria Rocinha e em sua área de mata, e também em favelas de outras regiões do Rio.

O clima de tensão fez com que o governo do Rio pedisse ajuda às Forças Armadas. Equipes do Exército, Marinha e Aeronáutica permaneceram uma semana na Rocinha e depois voltaram pontualmente. Também auxiliaram em buscas fora do morro.

Na manhã do dia 23 de outubro, com a favela ainda tensa, a turista espanhola Maria Esperanza Jimenez foi morta a tiros ao passar de carro, na saída de um passeio turístico, por um grupo de policiais militares que patrulhavam a Rocinha.

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