Brasil

Polícia pede para Fifa identificar origem de 141 ingressos

Segundo o diretor de marketing da entidade, a Fifa já repassou as informações sobre 141 entradas comercializadas no mercado negro


	Ingressos para jogos da Copa: 71 eram de cortesia
 (AFP/Getty Images)

Ingressos para jogos da Copa: 71 eram de cortesia (AFP/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2014 às 17h33.

Rio de Janeiro - Diretor de marketing da Fifa e responsável pela venda de ingressos da Copa do Mundo, Thierry Weil revelou neste sábado que a Polícia Civil do Rio de Janeiro já repassou à entidade informações sobre 141 entradas comercializadas no mercado negro, em escândalo revelado pela "Operação Jules Rimet".

"Eu me reuni com a polícia e as autoridades do Rio para oferecer colaboração. Ontem (sexta-feira), tivemos acesso a todos os ingressos. A única forma que temos como colaborar é rastrear a origem dessas entradas, já que cada uma é nominal. Não posso entrar em muitos detalhes por solicitação da própria polícia", disse.

Das 141 entradas sob investigação, 131 são da Copa do Mundo de 2014, seis da edição de 2010, disputada na África do Sul, e quatro da Copa das Confederações de 2013.

Entre os ingressos para o torneio deste ano, havia 71 de cortesia (hospitalidade) oferecidos por empresas, uma da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) - destinadas a dirigentes, mas que não são gratuitas, segundo Weil - e 60 para o público em geral.

"Todos, salvo dois, são de partidas que já foram disputadas e há um ingresso que corresponde ao jogo número 63, que vale a terceira colocação", explicou o francês.

A polêmica sobre o mercado negro também chegou a Humberto Grondona, técnico da seleção sub-17 da Argentina e filho do presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA). Circula pelas redes sociais uma imagem de um ingresso adquirido pelo sistema de revendas da Fifa com seu nome.

Credenciado como instrutor da entidade máxima do futebol mundial, Humberto admitiu que tinha dado o ingresso a um amigo, que o repassou a outra pessoa. A Fifa, contudo, afirma que o filho de Julio Grondona não faz parte da investigação atual.

"Não tenho informação sobre a existência de uma investigação a respeito desse ingresso de Grondona. Os membros do Comitê Executivo e familiares têm a possibilidade de comprar ingressos e, obviamente, isso será perguntado ao senhor Grondona, se já não foi. Mas repassar a um amigo, pode repassar a qualquer um, para ser justo", disse Weill no estádio do Maracanã. 

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesFifaFutebol

Mais de Brasil

Jogo do Tigrinho deverá ter previsão de ganho ao apostador para ser autorizado; entenda as regras

Após águas baixarem, fóssil achado com 'preservação quase completa', é um dos mais antigos do mundo

Três aeroportos brasileiros estão entre os mais pontuais do mundo; veja ranking

Datena começa agenda de rua da pré-campanha sem garantir se será candidato

Mais na Exame