Polícia ocupa bairro de Curitiba para implantar UPP
A ocupação policial será em seis vilas no Bairro Uberaba, região sudeste de Curitiba, onde vivem aproximadamente 72 mil pessoas
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2012 às 16h28.
São Paulo - O governo do Paraná deu início hoje à implantação da primeira Unidade Paraná Seguro (UPS) do Estado, com a ocupação policial de seis vilas no Bairro Uberaba, região sudeste de Curitiba , onde vivem aproximadamente 72 mil pessoas. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, na operação foram presas três pessoas acusadas de tráfico de drogas e estelionato e cumpridos 34 mandados de busca e apreensão. Pessoas que entravam ou saiam da região tiveram que se identificar aos cerca de 450 policiais militares, civis e guardas municipais, mas ninguém reclamou da operação.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, o projeto teve início em setembro do ano passado, quando foi realizado um mapeamento do local para identificar os traficantes e homicidas foragidos. Desde aquela época foram presas 12 pessoas, entre elas algumas que seriam os líderes do tráfico. O local foi escolhido por ser um dos mais violentos de Curitiba. Em uma briga entre gangues rivais, em outubro de 2009, oito pessoas que casualmente estavam na rua, entre elas um bebê de cinco meses e sua mãe, foram mortas.
Na operação de hoje, que começou às 6 horas da manhã e contou com apoio de helicópteros e cães farejadores, a intenção era fazer o "congelamento" da região, com identificação e revista das pessoas que deixavam ou chegavam ao bairro. "É segurança para mim e para minha família", aprovou um dos moradores, que ainda não tinha superado o medo e pediu para ser identificado apenas como Carlos. Nos próximos dias serão implantadas duas unidades fixas da UPS no bairro, onde policiais comunitários ficarão de forma permanente.
O secretário da Segurança Pública destacou que a UPS teve como inspiração a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) implantada no Rio de Janeiro. Mas, segundo Cesar, a diferença fundamental é que no Paraná está sendo estabelecida parceria do Estado com o município para levar as políticas públicas que permitam uma ação social, geração de renda, atividades em contraturno escolar e melhoria da infraestrutura. "Vamos devolver uma vida comunitária regular e aproximar a polícia da comunidade", reforçou o secretário. O Estado que também o envolvimento da sociedade civil organizada.
O governo quer, até o fim do ano, instalar dez UPS em Curitiba, além de realizar estudos para implantar outras na região metropolitana e em cidades do interior do Estado. O secretário anunciou, ainda, que no projeto de segurança para a capital paranaense estão previstos, para este ano, a instalação de 75 módulos policiais, um em cada bairro. Esses módulos devem ser móveis, contando com um furgão, duas motocicletas e um automóvel. "Este 1º de março é decisivo para marcar o início de uma grande revolução que vamos fazer na área da segurança pública no Paraná", disse o governador Beto Richa por meio da assessoria de imprensa.
São Paulo - O governo do Paraná deu início hoje à implantação da primeira Unidade Paraná Seguro (UPS) do Estado, com a ocupação policial de seis vilas no Bairro Uberaba, região sudeste de Curitiba , onde vivem aproximadamente 72 mil pessoas. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, na operação foram presas três pessoas acusadas de tráfico de drogas e estelionato e cumpridos 34 mandados de busca e apreensão. Pessoas que entravam ou saiam da região tiveram que se identificar aos cerca de 450 policiais militares, civis e guardas municipais, mas ninguém reclamou da operação.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, o projeto teve início em setembro do ano passado, quando foi realizado um mapeamento do local para identificar os traficantes e homicidas foragidos. Desde aquela época foram presas 12 pessoas, entre elas algumas que seriam os líderes do tráfico. O local foi escolhido por ser um dos mais violentos de Curitiba. Em uma briga entre gangues rivais, em outubro de 2009, oito pessoas que casualmente estavam na rua, entre elas um bebê de cinco meses e sua mãe, foram mortas.
Na operação de hoje, que começou às 6 horas da manhã e contou com apoio de helicópteros e cães farejadores, a intenção era fazer o "congelamento" da região, com identificação e revista das pessoas que deixavam ou chegavam ao bairro. "É segurança para mim e para minha família", aprovou um dos moradores, que ainda não tinha superado o medo e pediu para ser identificado apenas como Carlos. Nos próximos dias serão implantadas duas unidades fixas da UPS no bairro, onde policiais comunitários ficarão de forma permanente.
O secretário da Segurança Pública destacou que a UPS teve como inspiração a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) implantada no Rio de Janeiro. Mas, segundo Cesar, a diferença fundamental é que no Paraná está sendo estabelecida parceria do Estado com o município para levar as políticas públicas que permitam uma ação social, geração de renda, atividades em contraturno escolar e melhoria da infraestrutura. "Vamos devolver uma vida comunitária regular e aproximar a polícia da comunidade", reforçou o secretário. O Estado que também o envolvimento da sociedade civil organizada.
O governo quer, até o fim do ano, instalar dez UPS em Curitiba, além de realizar estudos para implantar outras na região metropolitana e em cidades do interior do Estado. O secretário anunciou, ainda, que no projeto de segurança para a capital paranaense estão previstos, para este ano, a instalação de 75 módulos policiais, um em cada bairro. Esses módulos devem ser móveis, contando com um furgão, duas motocicletas e um automóvel. "Este 1º de março é decisivo para marcar o início de uma grande revolução que vamos fazer na área da segurança pública no Paraná", disse o governador Beto Richa por meio da assessoria de imprensa.