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PMs têm de fazer 'rodízio' de coletes à prova de bala

Até o ano passado, cada PM tinha um colete de uso individual, mas recentemente eles foram retirados dos soldados porque muitos estavam com data de validade vencida


	Polícia Militar paulista em ação na Cracolândia
 (Divulgação/Rede TV/Veja)

Polícia Militar paulista em ação na Cracolândia (Divulgação/Rede TV/Veja)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2012 às 08h55.

Araçatuda - Os policiais militares do Estado de São Paulo estão sendo obrigados a fazer um "rodízio" no uso de coletes à prova de balas no horário de serviço. Isso ocorre porque o equipamento de proteção individual está em falta e o comando da PM ainda não conseguiu fazer a reposição das peças. Uma licitação em andamento prevê a entrega de 35 mil peças - 60% na região de Araçatuba.

Até o ano passado, cada PM tinha um colete exclusivo, de uso individual. Mas recentemente eles foram retirados dos soldados porque muitos estavam com data de validade vencida e a quantidade que sobrou não era suficiente para atender toda a tropa.

Outro problema foi uma determinação do comando da PM que obrigou a tropa a usar colete com capa azul por baixo da farda. Mas o uso foi rejeitado porque causava imobilidade, desconforto e até micose. O comando revogou a medida, mas já tinha retirado da corporação as capas de cor marrom e, como é proibido usar colete com capas da mesma cor da farda, a falta do equipamento se agravou mais ainda.

Para evitar que homens ficassem sem a proteção, os comandos da PM então recolheram os coletes dos militares, adotando a chamada "operação arma-desarma". Com isso, os coletes passaram a ficar nos quartéis, com o militar usando o equipamento somente no horário de serviço. "O problema mais grave é que deixamos de usar esses coletes na ida ou vinda do trabalho, que também são momentos de riscos. E também porque muitas vezes pegamos alguns com tamanho maior ou menor, que não se encaixam corretamente no nosso corpo", declarou um PM que trabalha em Araçatuba. A reclamação é a mesma em outras regiões. O PM recebe o colete quando entra em serviço e o entrega para outro colega quando sai.

PM

Em nota, a corporação confirmou o problema ocorrido na licitação, mas não deu detalhes. A assessoria da PM não informou quantos comandos no Estado estão enfrentando a falta do equipamento, mas a informação de um oficial, que pediu para não ser identificado, é de que apenas um lote, dos três da licitação, seria entregue em 16 de outubro para o Comando de Policiamento Metropolitano Leste (CPAM-4) e ao Comando de Policiamento do Interior/Litoral (CPI-6). Os outros comandos receberiam os equipamentos em outros dois lotes, marcados para ontem e para 2 de dezembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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