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PMs acusados de matar menino são julgados no Rio

Quatro policiais são acusados de envolvimento no assassinato do menino Juan Moraes Neves, de 11 anos, na Baixada Fluminense, em 2011


	PM do Rio: de acordo com a denúncia, os PMs faziam uma operação de repressão ao tráfico na Favela Dano, quando mataram o menino que voltava para casa com o irmão
 (Tânia Rêgo/ABr)

PM do Rio: de acordo com a denúncia, os PMs faziam uma operação de repressão ao tráfico na Favela Dano, quando mataram o menino que voltava para casa com o irmão (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 11h00.

Rio - Começa nesta segunda-feira, 9, o julgamento de quatro policiais militares acusados de envolvimento no assassinato do menino Juan Moraes Neves, de 11 anos, na Baixada Fluminense, em 2011.

Os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares, e os cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva, então lotados no 20º Batalhão da PM (Mesquita), serão julgados pelo 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu. A expectativa é que o julgamento dure quatro dias.

Os réus estão presos preventivamente desde julho de 2011. Foram arroladas para depor 35 testemunhas, entre acusação e defesa.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, os PMs faziam uma operação de repressão ao tráfico na Favela Danon, em Nova Iguaçu, na noite de 20 de junho de 2011.

Juan voltava da casa de um amigo junto com o irmão Wesley, de 14 anos, quando foi baleado num beco da comunidade. Wesley e outro morador da favela, Wanderson, de 19 anos, foram baleados, mas sobreviveram. Além de Juan, um suposto traficante foi morto.

O caso teve grande repercussão, já que após a operação da PM, Juan desapareceu. O corpo do menino só foi encontrado dias depois, num rio no município de Belford Roxo, também na Baixada Fluminense. Uma perita chegou a afirmar que o corpo seria de uma menina, o que tumultuou ainda mais a investigação.

A reconstituição do caso foi feita no dia 8 de julho, e comprovou que, ao contrário da versão dos PMs, não houve confronto na comunidade na noite do sumiço de Juan. Por isso, em 15 de setembro daquele ano os PMs foram denunciados à Justiça por dois homicídios e duas tentativas de homicídio, além da ocultação do cadáver de Juan.

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