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PMDB pressiona Cabral a pedir desculpas na TV

O partido quer que o governador repita o que já vem fazendo em entrevistas, e peça desculpas à população por erros de sua gestão no estado

Cabral, porém, não concorda com a estratégia da "desculpa" no programa partidário e prefere que as 40 inserções sejam usadas apenas para exaltar os feitos de seu governo (GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 09h19.

Rio de Janeiro - O PMDB do Rio pressiona o governador Sérgio Cabral a utilizar as inserções partidárias de TV que vão ao ar a partir de sábado para pedir desculpas à população por erros de sua gestão no Estado.

O partido quer que Cabral repita o que já vem fazendo em entrevistas. Nos últimos dias, ele admitiu não ter reagido bem a críticas sobre sua conduta, como o uso indiscriminado de helicópteros oficiais, nem aberto diálogo a partir de demandas das ruas.

O governador, porém, não concorda com a estratégia da "desculpa" no programa partidário e prefere que as 40 inserções sejam usadas apenas para exaltar os feitos de seus seis anos e meio de governo, com imagens do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, provável candidato do PMDB ao governo do Estado.

Cabral apareceu, no mês passado, como o governador mais mal avaliado entre onze pesquisados pelo Instituto Ibope. Há consenso, entre Cabral e seu partido, de que as primeiras inserções precisam comparar o Rio de Janeiro "antes e depois" de 2007, quando Cabral chegou ao poder.

"Defendo que o governador entre nas dez últimas inserções e diga que esse é o governo dele. Ele é tão qualificado que pode apontar onde houve algum excesso e pedir desculpas. Não vejo o menor problema em pedir desculpas, faço isso todos os dias", diz o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani.

Cabral tem outra estratégia. "O presidente Picciani está no papel dele de fazer propostas, discutir ações. Eu estou governando o Estado. Ele é um amigo fraterno, estamos discutindo. Minha tese é de que é hora de mostrar o antes e o depois do Rio, mostrar que o partido lançou um candidato em 2006 e as realizações que fizemos a partir de 2007. Eu sou secundário", diz o governador.


A comparação com o Estado antes de Cabral é uma resposta ao antigo aliado e hoje adversário Anthony Garotinho (PR), ex-governador (1999-2002) e potencial candidato ao governo em 2014. A mulher de Garotinho, Rosinha, também governou o Rio (2003-2006). Garotinho tem usado as redes sociais para explorar o desgaste político de Cabral nos últimos dois meses.

Nesta segunda-feira, 05, Garotinho, que é deputado federal, reproduziu nota da revista Veja segundo a qual seu governo tem atrasado pagamento a empreiteiras. A Secretaria da Fazenda do Estado negou que o cronograma de pagamentos esteja atrasado e garantiu que não há problema de caixa no Estado.

Pelo menos uma grande empreiteira - que participa de consórcios de grandes obras, mas pediu para não ser identificada - informou que há três meses os pagamentos estão "represados". A Secretaria de Obras do Estado disse que os pagamentos regulares estão em dia.

Garotinho tem atacado Cabral sistematicamente, em estratégia diferente da de outro provável candidato ao governo, o senador petista Lindbergh Farias, que, apesar do momento de dificuldade de Cabral, tem evitado confronto com o governador peemedebista.

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Rio de Janeiro - O PMDB do Rio pressiona o governador Sérgio Cabral a utilizar as inserções partidárias de TV que vão ao ar a partir de sábado para pedir desculpas à população por erros de sua gestão no Estado.

O partido quer que Cabral repita o que já vem fazendo em entrevistas. Nos últimos dias, ele admitiu não ter reagido bem a críticas sobre sua conduta, como o uso indiscriminado de helicópteros oficiais, nem aberto diálogo a partir de demandas das ruas.

O governador, porém, não concorda com a estratégia da "desculpa" no programa partidário e prefere que as 40 inserções sejam usadas apenas para exaltar os feitos de seus seis anos e meio de governo, com imagens do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, provável candidato do PMDB ao governo do Estado.

Cabral apareceu, no mês passado, como o governador mais mal avaliado entre onze pesquisados pelo Instituto Ibope. Há consenso, entre Cabral e seu partido, de que as primeiras inserções precisam comparar o Rio de Janeiro "antes e depois" de 2007, quando Cabral chegou ao poder.

"Defendo que o governador entre nas dez últimas inserções e diga que esse é o governo dele. Ele é tão qualificado que pode apontar onde houve algum excesso e pedir desculpas. Não vejo o menor problema em pedir desculpas, faço isso todos os dias", diz o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani.

Cabral tem outra estratégia. "O presidente Picciani está no papel dele de fazer propostas, discutir ações. Eu estou governando o Estado. Ele é um amigo fraterno, estamos discutindo. Minha tese é de que é hora de mostrar o antes e o depois do Rio, mostrar que o partido lançou um candidato em 2006 e as realizações que fizemos a partir de 2007. Eu sou secundário", diz o governador.


A comparação com o Estado antes de Cabral é uma resposta ao antigo aliado e hoje adversário Anthony Garotinho (PR), ex-governador (1999-2002) e potencial candidato ao governo em 2014. A mulher de Garotinho, Rosinha, também governou o Rio (2003-2006). Garotinho tem usado as redes sociais para explorar o desgaste político de Cabral nos últimos dois meses.

Nesta segunda-feira, 05, Garotinho, que é deputado federal, reproduziu nota da revista Veja segundo a qual seu governo tem atrasado pagamento a empreiteiras. A Secretaria da Fazenda do Estado negou que o cronograma de pagamentos esteja atrasado e garantiu que não há problema de caixa no Estado.

Pelo menos uma grande empreiteira - que participa de consórcios de grandes obras, mas pediu para não ser identificada - informou que há três meses os pagamentos estão "represados". A Secretaria de Obras do Estado disse que os pagamentos regulares estão em dia.

Garotinho tem atacado Cabral sistematicamente, em estratégia diferente da de outro provável candidato ao governo, o senador petista Lindbergh Farias, que, apesar do momento de dificuldade de Cabral, tem evitado confronto com o governador peemedebista.

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