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PMDB perde espaço, mas ainda é quem mais nomeia

Cerca de 1 milhão de funcionários públicos municipais foram indicados por maior partido da base governista

Eduardo Paes comemora a escolha do Rio como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016: prefeito é do PMDB (GettyImages/ Peter Macdiarmid)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2013 às 13h54.

Brasília - O PMDB tem um exército de 1 milhão de funcionários públicos sob as ordens de seus mais de mil prefeitos. Desses, ao menos 88 mil são comissionados, ou seja, podem ser nomeados sem concurso público. É o maior potencial de militantes remunerados entre todos os partidos brasileiros, mas está em decadência.

Antes das eleições municipais do ano passado, o PMDB comandava 1.182 prefeituras, onde trabalhavam 1,196 milhão de servidores municipais. Até 2012, o partido podia nomear cerca de 108 mil pessoas a critério único e exclusivo dos prefeitos da legenda. Mas as urnas lhe tiraram o poder de prover 20 mil desses cargos.

Ao declínio do exército de comissionados peemedebistas corresponde o crescimento das forças do PSDB, do PT, do PSD e, acima de todos, do PSB. A vitória nas eleições de 2012 possibilitou ao partido do presidenciável Eduardo Campos nomear 17 mil servidores comissionados além dos que já tinha.

O PSB pulou de sexto para quarto lugar no ranking de vagas de funcionários municipais sem concurso. São quase 50 mil, numa média de 24 comissionados para cada 10 mil moradores das cidades agora governadas por prefeitos socialistas.

A taxa do PSB está abaixo da média nacional, em parte porque o partido cresceu o tamanho das cidades que governa. Quanto maior a cidade, menor a proporção de funcionários sem concurso - tanto em relação ao total de servidores municipais quanto à população.

É nos municípios menores que a média de sem-concurso cresce. Daí que o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab tenha aumentado em quase 12 mil o seu exército potencial de militantes empregados nas prefeituras - apesar de ter perdido o governo paulistano.

O PSD governa 5 milhões a menos de pessoas desde as eleições de 2012, mas conseguiu a proeza de pular do sétimo para o quinto lugar no ranking de vagas comissionadas. Tudo graças à eleição de centenas de prefeitos em pequenos municípios do interior do Brasil - onde falta muita coisa, menos cargos.

Na média, os novos prefeitos do partido de Kassab passaram à dispor de 37 vagas sem concurso para cada 10 mil habitantes de suas cidades. Essa taxa é duas vezes maior do que a do PT.

Os prefeitos petistas passaram a governar quase 38 milhões de pessoas em 2013, cerca de 5,5 milhões a mais do antes da eleição municipal do ano passado. Mas o crescimento do número de funcionários comandados por eles foi proporcionalmente menor.

O PT chegou a 940 mil funcionários municipais sob as ordens de seus prefeitos, dos quais menos de 70 mil são de vagas sem concurso. A média é de 7,3% de comissionados por servidor, ou de 18 por 10 mil habitantes. São as menores taxas entre os dez maiores partidos - em parte porque o PT governa cidades maiores, onde a proporção de servidores se dilui na população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - O PMDB tem um exército de 1 milhão de funcionários públicos sob as ordens de seus mais de mil prefeitos. Desses, ao menos 88 mil são comissionados, ou seja, podem ser nomeados sem concurso público. É o maior potencial de militantes remunerados entre todos os partidos brasileiros, mas está em decadência.

Antes das eleições municipais do ano passado, o PMDB comandava 1.182 prefeituras, onde trabalhavam 1,196 milhão de servidores municipais. Até 2012, o partido podia nomear cerca de 108 mil pessoas a critério único e exclusivo dos prefeitos da legenda. Mas as urnas lhe tiraram o poder de prover 20 mil desses cargos.

Ao declínio do exército de comissionados peemedebistas corresponde o crescimento das forças do PSDB, do PT, do PSD e, acima de todos, do PSB. A vitória nas eleições de 2012 possibilitou ao partido do presidenciável Eduardo Campos nomear 17 mil servidores comissionados além dos que já tinha.

O PSB pulou de sexto para quarto lugar no ranking de vagas de funcionários municipais sem concurso. São quase 50 mil, numa média de 24 comissionados para cada 10 mil moradores das cidades agora governadas por prefeitos socialistas.

A taxa do PSB está abaixo da média nacional, em parte porque o partido cresceu o tamanho das cidades que governa. Quanto maior a cidade, menor a proporção de funcionários sem concurso - tanto em relação ao total de servidores municipais quanto à população.

É nos municípios menores que a média de sem-concurso cresce. Daí que o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab tenha aumentado em quase 12 mil o seu exército potencial de militantes empregados nas prefeituras - apesar de ter perdido o governo paulistano.

O PSD governa 5 milhões a menos de pessoas desde as eleições de 2012, mas conseguiu a proeza de pular do sétimo para o quinto lugar no ranking de vagas comissionadas. Tudo graças à eleição de centenas de prefeitos em pequenos municípios do interior do Brasil - onde falta muita coisa, menos cargos.

Na média, os novos prefeitos do partido de Kassab passaram à dispor de 37 vagas sem concurso para cada 10 mil habitantes de suas cidades. Essa taxa é duas vezes maior do que a do PT.

Os prefeitos petistas passaram a governar quase 38 milhões de pessoas em 2013, cerca de 5,5 milhões a mais do antes da eleição municipal do ano passado. Mas o crescimento do número de funcionários comandados por eles foi proporcionalmente menor.

O PT chegou a 940 mil funcionários municipais sob as ordens de seus prefeitos, dos quais menos de 70 mil são de vagas sem concurso. A média é de 7,3% de comissionados por servidor, ou de 18 por 10 mil habitantes. São as menores taxas entre os dez maiores partidos - em parte porque o PT governa cidades maiores, onde a proporção de servidores se dilui na população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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