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PMDB da Bahia pede expulsão da ministra Kátia Abreu

Segundo o presidente estadual da legenda, ministra teria tido um "comportamento provocativo, desafiador" ao se negar a deixar governo


	Kátia Abreu: ministra da Agricultura recorreu às redes sociais para dizer que não deixaria governo, mesmo após rompimento de seu partido com a atual gestão.
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Kátia Abreu: ministra da Agricultura recorreu às redes sociais para dizer que não deixaria governo, mesmo após rompimento de seu partido com a atual gestão. (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 14h28.

Brasília - Presidente estadual do PMDB da Bahia e primeiro secretário nacional da legenda, Geddel Vieira Lima ingressará no Conselho de Ética do partido na terça-feira, 5, com pedido de expulsão da ministra Kátia Abreu (Agricultura).

"Além de ela descumprir uma decisão do diretório nacional, ela tem tido um comportamento provocativo, desafiador, em relação ao partido. É um comportamento inapropriado", afirmou Geddel à reportagem.

Segundo ele, o processo será acompanhado de uma liminar com pedido de suspensão imediata da ministra.

A ministra Kátia Abreu recorreu na semana passada às redes sociais para dizer que não pretende deixar o governo. As mensagens foram publicadas após a decisão do diretório nacional do PMDB que determinou a "saída imediata" dos integrantes da legenda do governo Dilma.

"Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil no enfrentamento da crise", disse a ministra no Twitter. "Deixamos a presidente à vontade caso ela necessite de espaço para recompor sua base", afirmou. "O importante é que na tempestade estaremos juntos", concluiu.

Além do ministério da Agricultura, o PMDB detém o comando das pastas de Minas e Energia, Saúde, Ciência e Tecnologia, Aviação Civil e Portos.

Segundo Geddel, os processos contra os ministros que insistirem em ficar no cargo devem ser encaminhados somente após o dia 12 de abril, quando se completará 30 dias da decisão do diretório nacional.

"Num determinado momento será feito. Não dá para fazer dez de uma vez. Além disso, os demais ministros têm sido mais discretos", ressaltou o dirigente.

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