Michel Temer, do PMDB: Temer disse que o País precisa de uma agenda positiva e que a apuração de irregularidades não pode paralisar a vida produtiva (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 22h56.
São Paulo - O programa partidário do PMDB, que foi ao ar na noite desta quinta-feira, em cadeia nacional de televisão, exibiu um discurso com enfoque nas "escolhas" do eleitor na eleição presidencial e nas do próprio partido dentro do governo.
Os principais líderes do partido participaram do programa com uma fala unificada sobre as "escolhas" que a legenda fez. Com uma abordagem mais focada na sigla e menos no governo, os peemedebistas não citaram a presidente Dilma Rousseff.
"Em 2014, vivemos um momento efervescente da democracia. O Brasil ficou como há muito não se via: dividido nas opiniões. Tivemos as eleições mais acirradas nos últimos 25 anos; excessos foram cometidos, mas a liberdade de escolha esteve acima de tudo e nada tirou o brilho da festa", afirmou a apresentadora, na abertura do programa.
"O Brasil, democrática e legitimamente, escolheu seus representantes, escolheu aqueles que terão a responsabilidade de conduzir o País nos próximos anos", completou.
O vice-presidente da República e presidente nacional da agremiação, Michel Temer, afirmou que o País precisa de uma agenda positiva e que a apuração de irregularidades não pode paralisar a vida produtiva. Temer disse que agenda positiva e investigação devem acontecer ao mesmo tempo. "O PMDB fez as suas escolhas; a primeira delas é a reforma política de verdade, a outra é prestigiar a liberdade plena de informação. Também é nosso propósito defender a iniciativa privada", disse ele, ao enumerar as "escolhas" do partido. Temer falou ainda do programa de ajuste fiscal. De acordo com o vice-presidente da República, com os ajustes, o País caminha para ter uma economia "mais forte e saudável".
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), apontou que "a responsabilidade do cargo" para o qual foi eleito na Mesa Diretora do Legislativo "exige reflexão, equilíbrio, humildade e perseverança para fazer mudanças que o atual momento do País requer". "É meu dever escolher e colocar em pauta de votação temas de maior interesse da sociedade que tragam benefícios aos brasileiros", apregoou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), citou a "longa caminhada" após a qual foi eleito para comandar a Casa. Cunha avisou que quer "transformar oportunidade em mudanças". Ele disse que "foi iniciado o processo de votação de reforma política de verdade".
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, declarou, por sua vez, que o caminho que a legenda escolheu foi o da "energia com sinergia". Segundo Braga, dessa forma haverá a aceleração do cronograma de obras que estão em andamento ou em fase de conclusão para que o Brasil "tenha um sistema elétrico plenamente confiável".
Já a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, exaltou o fato de ter sido escolhida para o ministério, mas não citou Dilma. Kátia acredita que escolher uma mulher para atuar na linha de frente do agronegócio pode ser considerado uma escolha "ousada". "Vamos conduzir os interesses do campo tendo o diálogo como semente", acentuou.
Na análise do ministro dos Portos, Edinho Araújo, "aumentar a eficiência e a competitividade do nosso sistema portuário é vital e é o caminho escolhido para acelerar essa modernização". Também tiveram espaço no programa o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), e os ministros dos Portos, Edinho Araújo; da Pesca, Helder Barbalho; da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e do Turismo, Vinícius Lages.