PM poderia descrever suspeito loiro, diz Alckmin
O governador afirmou que a PM pediu a abordagem de jovens de "cor parda e negra" em Campinas por se tratarem das características de um grupo específico de criminosos
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - Um comandante da Polícia Militar em Campinas, no interior do Estado de São Paulo, determinou, em uma ordem assinada em dezembro de 2012, que seus agentes abordassem jovens de "cor parda e negra" em rondas na região de Taquaral.
A medida, divulgada na quarta-feira (23) pelo jornal Diário de S.Paulo, provocou polêmica devido à discriminação da cor das pessoas suspeitas de assaltos naquela área. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se manifestou sobre o assunto nesta quinta-feira. Para ele, o caso não indica racismo, por se tratar apenas da caracterização física de um grupo específico de supostos criminosos e que, se fosse o caso, ela poderia indicar um suspeito loiro ou asiático.
"O que houve foi um assalto ocorrido num bairro. Você tem um suspeito feito pelas características. É como se dizer: 'Olha, teve um assalto aqui e o suspeito é um loiro, uma pessoa loira, ou o suspeito é uma pessoa japonesa, asiática. Enfim, o suspeito era uma pessoa de cor parda", disse Alckmin. "Mas (esse foi) um caso específico, onde havia um suspeito. Não há nenhuma forma de discriminação", ressaltou o governador, acrescentando que, se fosse constatado preconceito, "a punição seria rigorosíssima".
Mas representantes de entidades de direitos humanos, como a Educafro, enxergam discriminação na medida. A entidade entregou na quarta-feira (23) à Secretaria da Segurança Pública uma carta em que cobra explicações sobre a ordem emitida pelo capitão Ubiratan Beneducci, comandante da 2ª Companhia do 8º Batalhão da PM em Campinas.
São Paulo - Um comandante da Polícia Militar em Campinas, no interior do Estado de São Paulo, determinou, em uma ordem assinada em dezembro de 2012, que seus agentes abordassem jovens de "cor parda e negra" em rondas na região de Taquaral.
A medida, divulgada na quarta-feira (23) pelo jornal Diário de S.Paulo, provocou polêmica devido à discriminação da cor das pessoas suspeitas de assaltos naquela área. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se manifestou sobre o assunto nesta quinta-feira. Para ele, o caso não indica racismo, por se tratar apenas da caracterização física de um grupo específico de supostos criminosos e que, se fosse o caso, ela poderia indicar um suspeito loiro ou asiático.
"O que houve foi um assalto ocorrido num bairro. Você tem um suspeito feito pelas características. É como se dizer: 'Olha, teve um assalto aqui e o suspeito é um loiro, uma pessoa loira, ou o suspeito é uma pessoa japonesa, asiática. Enfim, o suspeito era uma pessoa de cor parda", disse Alckmin. "Mas (esse foi) um caso específico, onde havia um suspeito. Não há nenhuma forma de discriminação", ressaltou o governador, acrescentando que, se fosse constatado preconceito, "a punição seria rigorosíssima".
Mas representantes de entidades de direitos humanos, como a Educafro, enxergam discriminação na medida. A entidade entregou na quarta-feira (23) à Secretaria da Segurança Pública uma carta em que cobra explicações sobre a ordem emitida pelo capitão Ubiratan Beneducci, comandante da 2ª Companhia do 8º Batalhão da PM em Campinas.