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Plano de ataques no Rio-2016 motivou prisões, diz Moraes

Segundo o ministro, a célula terrorista não era organizada, porém o governo agiu como forma de prevenção

Rio-2016: segundo o ministro, a célula terrorista não era organizada, porém o governo agiu como forma de prevenção (Adriano Machado / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2016 às 13h40.

Brasília - O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira que as prisões de suspeitos de terrorismo foram decretadas após eles iniciarem atos preparatórios para possíveis ataques na Olimpíada do Rio de Janeiro .

Estas foram as primeiras prisões no País com base na Lei Antiterrorismo. Segundo o ministro, a célula terrorista não era organizada, porém o governo agiu como forma de prevenção.

Moraes voltou a afirmar que o grau de risco de atentado no Brasil não aumentou e continua "mínimo". O ministro disse que mantém a avaliação de que a principal preocupação do governo é a segurança pública, e não o terrorismo.

"Não vamos esperar um milímetro de ato preparatório para agir, por mais insignificante, vai ter operação rápida e dura", declarou. Moraes classificou a célula como "absolutamente amadora e sem nenhum preparo".

"Uma célula amadora não ia procurar comprar uma arma na internet. Reitero, por isso a questão da segurança pública é muito mais importante e gera mais preocupação. Porém, nenhum órgão de segurança poderia ignorar fatos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver", afirmou.

"Estamos monitorando vários indivíduos, mas a partir do momento que isso passa para atos preparatórios isso passa para uma atuação mais drástica."

Segundo Moraes, o grupo de suspeitos dizia inicialmente que "o Brasil não fazia parte da coalizão do Estado Islâmico". Porém, com a proximidade da Olimpíada, consideraram que "o País passava a fazer parte do alvo".

Os dois atos preparatórios mais fortes do grupo, para Moraes, foram treinamentos com armas e de artes marciais. O grupo recentemente também começou a pensar em formas de financiamento.

Os suspeitos não mencionavam possíveis alvos para os ataques, nem a forma com que fariam os ataques. "Eles não aprofundaram questões para a execução de atentados terroristas, não citaram bombas, por exemplo", disse o ministro.

Moraes confirmou que foram emitidos 12 mandados de prisão para dez Estados diferentes (Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso); desses, dez já foram cumpridos, cada um em um Estado diferente, e outras duas pessoas foram localizadas e devem ser presas ainda nesta quinta-feira.

De acordo com Moraes, eles conversavam por grupos de WhatsApp e Telegram e a maioria deles não se conhecia pessoalmente. O avanço de conversas para ações teria intensificado há alguns dias.

Nas últimas semanas, o grupo comemorou atentos terroristas no exterior, como em Nice, na França, e, antes, em Orlando, nos Estados Unidos.

Moraes afirmou que a ordem judicial foi emitida pela Justiça Federal do Paraná porque o líder do grupo é da cidade de Curitiba, capital do Estado. O líder chegou a tentar comprar um fuzil AK-45 em um site clandestino no Paraguai, tentativa que foi identificada por meio de e-mails, mas não foi confirmado se ele conseguiu de fato comprar a arma.

"O fato de ele estar querendo comprar o fuzil é um ato preparatório que deve ser combatido", considerou Moraes.

O suspeito também incentivou os membros do grupo a iniciarem treinamentos de artes marciais e de manuseio de armas, porém os treinos não eram organizados e eram de responsabilidade individual, o que, para Moraes, deixa claro que a célula não era organizada.

A identidade dessas pessoas e a faixa etária do grupo não foi divulgada por razões de segurança. Um menor foi citado na conversa, mas não foi preso.

Ainda de acordo com o ministro, todos os suspeitos são brasileiros e nenhum deles teve contato direto com o Estado Islâmico.

Cerca de cinco integrantes chegaram a fazer um "batismo" do Estado Islâmico na internet, onde é feito um juramento oral, mas sem contato presencial.

Desses presos, dois deles já haviam sido condenados antes por homicídio e ficaram seis anos cada no cárcere.

A operação desta quinta-feira é resultado de uma integração entre a Abin, a Polícia Federal, as Forças Armadas e agências de informação internacionais.

Além das prisões, também foram emitidas ordens de busca e apreensão. O ministro disse que "muito material foi apreendido" e que há muito mais para ser analisado.

Entre os materiais coletados, segundo Moraes, foram levados computadores e celulares.

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Brasília - O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira que as prisões de suspeitos de terrorismo foram decretadas após eles iniciarem atos preparatórios para possíveis ataques na Olimpíada do Rio de Janeiro .

Estas foram as primeiras prisões no País com base na Lei Antiterrorismo. Segundo o ministro, a célula terrorista não era organizada, porém o governo agiu como forma de prevenção.

Moraes voltou a afirmar que o grau de risco de atentado no Brasil não aumentou e continua "mínimo". O ministro disse que mantém a avaliação de que a principal preocupação do governo é a segurança pública, e não o terrorismo.

"Não vamos esperar um milímetro de ato preparatório para agir, por mais insignificante, vai ter operação rápida e dura", declarou. Moraes classificou a célula como "absolutamente amadora e sem nenhum preparo".

"Uma célula amadora não ia procurar comprar uma arma na internet. Reitero, por isso a questão da segurança pública é muito mais importante e gera mais preocupação. Porém, nenhum órgão de segurança poderia ignorar fatos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver", afirmou.

"Estamos monitorando vários indivíduos, mas a partir do momento que isso passa para atos preparatórios isso passa para uma atuação mais drástica."

Segundo Moraes, o grupo de suspeitos dizia inicialmente que "o Brasil não fazia parte da coalizão do Estado Islâmico". Porém, com a proximidade da Olimpíada, consideraram que "o País passava a fazer parte do alvo".

Os dois atos preparatórios mais fortes do grupo, para Moraes, foram treinamentos com armas e de artes marciais. O grupo recentemente também começou a pensar em formas de financiamento.

Os suspeitos não mencionavam possíveis alvos para os ataques, nem a forma com que fariam os ataques. "Eles não aprofundaram questões para a execução de atentados terroristas, não citaram bombas, por exemplo", disse o ministro.

Moraes confirmou que foram emitidos 12 mandados de prisão para dez Estados diferentes (Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso); desses, dez já foram cumpridos, cada um em um Estado diferente, e outras duas pessoas foram localizadas e devem ser presas ainda nesta quinta-feira.

De acordo com Moraes, eles conversavam por grupos de WhatsApp e Telegram e a maioria deles não se conhecia pessoalmente. O avanço de conversas para ações teria intensificado há alguns dias.

Nas últimas semanas, o grupo comemorou atentos terroristas no exterior, como em Nice, na França, e, antes, em Orlando, nos Estados Unidos.

Moraes afirmou que a ordem judicial foi emitida pela Justiça Federal do Paraná porque o líder do grupo é da cidade de Curitiba, capital do Estado. O líder chegou a tentar comprar um fuzil AK-45 em um site clandestino no Paraguai, tentativa que foi identificada por meio de e-mails, mas não foi confirmado se ele conseguiu de fato comprar a arma.

"O fato de ele estar querendo comprar o fuzil é um ato preparatório que deve ser combatido", considerou Moraes.

O suspeito também incentivou os membros do grupo a iniciarem treinamentos de artes marciais e de manuseio de armas, porém os treinos não eram organizados e eram de responsabilidade individual, o que, para Moraes, deixa claro que a célula não era organizada.

A identidade dessas pessoas e a faixa etária do grupo não foi divulgada por razões de segurança. Um menor foi citado na conversa, mas não foi preso.

Ainda de acordo com o ministro, todos os suspeitos são brasileiros e nenhum deles teve contato direto com o Estado Islâmico.

Cerca de cinco integrantes chegaram a fazer um "batismo" do Estado Islâmico na internet, onde é feito um juramento oral, mas sem contato presencial.

Desses presos, dois deles já haviam sido condenados antes por homicídio e ficaram seis anos cada no cárcere.

A operação desta quinta-feira é resultado de uma integração entre a Abin, a Polícia Federal, as Forças Armadas e agências de informação internacionais.

Além das prisões, também foram emitidas ordens de busca e apreensão. O ministro disse que "muito material foi apreendido" e que há muito mais para ser analisado.

Entre os materiais coletados, segundo Moraes, foram levados computadores e celulares.

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