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Pimentel responde a ministra argentina sobre controle de importação de carros

Em coluna publicada no jornal O Estado de São Paulo, Pimentel disse que medidas não são represália à Argentina

Pimentel diz que as barreiras aplicadas para a importação de carros se devem ao aumento do déficit comercial no setor (Antonio Cruz/ABr)

Pimentel diz que as barreiras aplicadas para a importação de carros se devem ao aumento do déficit comercial no setor (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 13h25.

Rio de Janeiro - O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, justificou neste domingo a aplicação de barreiras para a importação de automóveis que, nesta semana, recebeu críticas do Governo argentino.

Pimentel publicou uma coluna no jornal "O Estado de São Paulo" para argumentar que as medidas se devem ao aumento do déficit comercial no setor e reiterou que "não procede" vê-las como uma represália à Argentina, como interpretaram o Governo do país vizinho e os industriais brasileiros.

"É inegável que o setor privado esteja enfrentando uma série de dificuldades para a exportação de produtos ao país vizinho", admitiu o ministro.

O ministro de Comércio atribuiu estes "atritos" a "relação comercial volumosa e consolidada" entre ambos países e disse que o Brasil insistiu em uma "solução negociada" para os impedimentos comerciais que a Argentina impôs a setores como calçados, alimentos, eletrodomésticos e máquinas agrícolas.

Pimentel explicou que o déficit do Brasil no setor de automóveis chegou a US$ 1,9 bilhões no primeiro quadrimestre, US$ 1,1 bilhões mais que o mesmo período do ano passado.

Deste modo, o Ministério decidiu ordenar a aplicação de licenças não automáticas que, segundo ele, têm por objetivo vigiar de forma "precisa" o processo de importação de automóveis.

Segundo Pimentel, as licenças não automáticas são um "instrumento legítimo" previsto nas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Além disso, assegurou que na prática não serão uma restrição à importação e não comprometerão o comércio exterior do país, porque o Governo vai conceder as licenças antes do prazo máximo de 60 dias.

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