Pilotos não vão mais cooperar com investigação de queda do Air France
O sindicato anunciou sua decisão depois de que os investigadores deram mais ênfase à tese da falha humana em seu relatório
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2011 às 23h48.
Paris - O sindicato dos pilotos de avião da França decidiu nesta quarta-feira deixar de cooperar com a investigação sobre o acidente de 2009 com uma aeronave da Air France na rota Rio-Paris, por discordar das conclusões preliminares que concentram a culpa na tripulação.
O Sindicato Nacional dos Pilotos Comerciais (SNPL, na sigla em francês) anunciou sua decisão depois da revelação de que os investigadores retiraram do seu relatório preliminar, divulgado na semana passada, uma recomendação relacionada a um sistema de instrumentos do avião Airbus A330, dando mais ênfase à tese da falha humana.
O BEA, órgão responsável pela investigação, disse que seu relatório final fará uma recomendação sobre os alarmes contra "stall" (perda da sustentação aerodinâmica) do A330, mas que também precisa analisar as razões que levaram os pilotos do voo AF447 a ignorarem durante quase um minuto um alerta crucial.
A investigação sobre o acidente, que matou todos os 228 ocupantes do avião, opõe a Air France à Airbus e aos investigadores de acidentes aéreos. O resultado pode ter implicações judiciais para dezenas de pedidos de indenização nos dois lados do Atlântico.
No seu relatório da semana passada, o BEA listou uma série de ações da tripulação que, segundo especialistas, contrariam os manuais de voo em caso de "stall". Suas dez recomendações incluíam um melhor treinamento dos pilotos para operarem as aeronaves de forma manual, principalmente a grandes altitudes.
Na quarta-feira, o BEA confirmou relatos da imprensa francesa de que a recomendação relativa aos alarmes de "stall" haviam sido retiradas, porque era preciso aprofundar o tema.
Em nota, a agência disse que fará isso paralelamente a um estudo sobre o comportamento humano em situação de estresse, que deve dominar a próxima fase do inquérito, que já dura dois anos. O relatório final sobre ambos os temas deve ser divulgado no final de 2011.
Os pilotos querem que a agência revele antes disso suas impressões sobre os sistemas operacionais do Airbus. "Por que ignorar no relatório oficial a recomendação do alarme de 'stall'? Alguma outra modificação significativa foi feita no relatório?", questionou o SNPL em nota, apontando um "sério abalo" à reputação do BEA.
Paris - O sindicato dos pilotos de avião da França decidiu nesta quarta-feira deixar de cooperar com a investigação sobre o acidente de 2009 com uma aeronave da Air France na rota Rio-Paris, por discordar das conclusões preliminares que concentram a culpa na tripulação.
O Sindicato Nacional dos Pilotos Comerciais (SNPL, na sigla em francês) anunciou sua decisão depois da revelação de que os investigadores retiraram do seu relatório preliminar, divulgado na semana passada, uma recomendação relacionada a um sistema de instrumentos do avião Airbus A330, dando mais ênfase à tese da falha humana.
O BEA, órgão responsável pela investigação, disse que seu relatório final fará uma recomendação sobre os alarmes contra "stall" (perda da sustentação aerodinâmica) do A330, mas que também precisa analisar as razões que levaram os pilotos do voo AF447 a ignorarem durante quase um minuto um alerta crucial.
A investigação sobre o acidente, que matou todos os 228 ocupantes do avião, opõe a Air France à Airbus e aos investigadores de acidentes aéreos. O resultado pode ter implicações judiciais para dezenas de pedidos de indenização nos dois lados do Atlântico.
No seu relatório da semana passada, o BEA listou uma série de ações da tripulação que, segundo especialistas, contrariam os manuais de voo em caso de "stall". Suas dez recomendações incluíam um melhor treinamento dos pilotos para operarem as aeronaves de forma manual, principalmente a grandes altitudes.
Na quarta-feira, o BEA confirmou relatos da imprensa francesa de que a recomendação relativa aos alarmes de "stall" haviam sido retiradas, porque era preciso aprofundar o tema.
Em nota, a agência disse que fará isso paralelamente a um estudo sobre o comportamento humano em situação de estresse, que deve dominar a próxima fase do inquérito, que já dura dois anos. O relatório final sobre ambos os temas deve ser divulgado no final de 2011.
Os pilotos querem que a agência revele antes disso suas impressões sobre os sistemas operacionais do Airbus. "Por que ignorar no relatório oficial a recomendação do alarme de 'stall'? Alguma outra modificação significativa foi feita no relatório?", questionou o SNPL em nota, apontando um "sério abalo" à reputação do BEA.