PF realiza nova fase da operação Carne Fraca em Goiás
Dessa vez, o alvo principal é um ex-superintendente do Ministério de Agricultura, que pode ter destruído provas importantes para as investigações
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de maio de 2017 às 12h43.
Última atualização em 31 de maio de 2017 às 12h55.
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 31, a operação Antídoto, segunda fase da Carne Fraca , cujo alvo principal é um ex-Superintendente Regional do Ministério da Agricultura, réu por supostamente integrar esquemas de corrupção envolvendo empresa do setor de alimentos e a pasta.
O agente público foi flagrado destruindo provas por meio de grampos autorizados pela Justiça, segundo a PF.De acordo com a PF, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva no estado de Goiás.
A ação policial, de acordo com a corporação, tem como alvo principal a investigação do ex-Superintendente Regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado de Goiás.
Segundo as apurações, o investigado foi flagrado em interceptações telefônicas destruindo provas relevantes para a apuração no contexto da Operação Carne Fraca.
O ex-Superintendente é réu por ter participado de esquema de corrupção entre grande empresa do ramo alimentício e o ex-chefe do Serviço de Inspeção em Produtos de Origem Animal - Goiás (SIPOA/GO) para impedir a interdição do funcionamento da mesma, em virtude de fiscalização lá ocorrida.
O nome da fase (Antídoto), de acordo com a PF, é uma referência a uma ação policial colocada em prática com o objetivo de fazer cessar a ação criminosa do investigado e preservar eventuais novas provas.
A Polícia Federal afirma que os investigados responderão pela prática dos crimes obstrução de investigação criminal, além de outros crimes já identificados nos autos.
O preso será trazido para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerá a disposição do juízo da 14ª Vara Federal da capital.