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PF prende 34 em operação mirando núcleo do PCC que lavou R$ 7 mi

Operação Caixa-Forte cumpre 145 ordens judiciais em quatro estados brasileiros, com prisões, buscas e bloqueios de contas

Polícia Federal: força-tarefa deflagra operação contra o PCC (Nacho Doce/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de agosto de 2019 às 16h17.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) deflagrou na manhã desta sexta, 9, a Operação Caixa-Forte, mirando um núcleo do Primeiro Comando da Capital (PCC) que gerenciava o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro na facção. Até às 13h, a força-tarefa havia prendido 34 pessoas.

A força-tarefa é coordenada pela Polícia Federal e conta com membros da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais.

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Agentes cumprem 145 mandados - 52 de prisão preventiva, 48 de busca e apreensão e 45 de sequestro de valores e bloqueio de contas bancárias - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Na terça, 6, a PF realizou nos mesmos Estados a Operação Cravada visando desarticular o núcleo financeiro da facção.

Ao todo, as ações ocorrem em 18 cidades e seis unidades prisionais, onde seis dos alvos já se encontram recolhidos. Todos os mandados foram expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte.

No Paraná, os membros da força-tarefa cumprem mandados em Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.

Em Minas as ações são realizadas em Uberaba e Conceição da Alagoas, e no Mato Grosso nas cidades de Campo Grande e Corumbá.

Já em São Paulo, a força-tarefa age em Ribeirão Preto, Itaquaquecetuba, Embu das Artes, e na capital paulista.

As investigações tiveram início em novembro de 2018 e identificaram que uma seção "rigidamente estruturada" da facção, denominada Geral do Progresso, que era responsável por gerenciar o tráfico de drogas e "orquestrar a lavagem de dinheiro dos valores oriundos dos crimes", indicou a PF.

De acordo com a Polícia Federal, as contas bancárias de pessoas "aparentemente estranhas" ao PCC eram cooptadas para ocultar e dissimular a natureza ilícita dos valores movimentado. No período das investigações, a movimentação financeira ultrapassou R$ 7 milhões.

Para lavar o dinheiro, os investigados utilizavam "depósitos fracionados", segundo a PF, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em diversas contas. Assim os depositantes não eram identificados e gatilhos de comunicação de atividade suspeita do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) não eram ativados.

Depois o dinheiro era transferido a outras contas ou sacado em terminais eletrônicos, indicou a PF. 45 contas bancárias foram identificadas e bloqueadas.

A Polícia Federal indicou ainda que os números das contas eram enviados por integrantes de outro setor da facção - Resumo Integrado do Progresso dos Estados e Países - que era responsável ainda por receber comprovantes e fazer a contabilidade geral dos valores movimentados.

Segundo a PF, os presos são investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 33 anos de prisão, indicou.

"Caixa-Forte" e "Cravada"

A "Caixa-Forte" é a segunda operação deflagrada nesta semana que mira o PCC. Na terça, 6, a Polícia Federal realizou a Operação Cravada para desarticular o núcleo financeiro da facção, que, segundo a PF, era responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores "para financiamento de crimes" em diferentes Estados do País.

Cerca de 180 Policiais Federais cumpriram 85 mandados - 55 de busca e apreensão e 30 de prisão - em sete estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. As ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Piraquara, no Paraná.

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