PF: Batizada Colateral, a ofensiva realiza buscas em 27 endereços em Guarulhos e São Paulo (Policia Federal/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 18 de julho de 2023 às 10h15.
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 18, uma operação para prender 18 investigados ligados a um esquema de tráfico de drogas com a troca de etiquetas de bagagens no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Em março, atuação da quadrilha levou duas mulheres à prisão injustamente, por 38 dias, na Alemanha, após autoridades encontrarem cocaína em malas com o nome delas.
Batizada Colateral, a ofensiva realiza buscas em 27 endereços em Guarulhos e São Paulo. Durante as diligências, um dos alvos quebrou o celular ao constatar a chegada da PF em sua casa. Das 18 ordens de prisão expedidas no bojo da ofensiva - duas temporárias e 16 preventivas - 17 já haviam sido cumpridas até a publicação desta matéria.
Dentre os presos, estão os executores dos três eventos de tráfico internacional de drogas, bem como, e mais importante, os mandantes do crime, responsáveis não apenas pelo envio de mais de 120 quilos de cocaína para a Europa, mas por inúmeros outros eventos de tráfico internacional através do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
A personal trainer Kátyna Baía, de 44 anos, e a veterinária Jeanne Paolini, de 40 foram presas no dia 5 de março, na Alemanha acusadas de tráfico de drogas, após as etiquetas com os nomes das duas foram colocadas em malas com cocaína.
As goianas ficaram detidas no país europeu por um mês enquanto a Polícia Federal conduziu investigação que apontou a troca de etiquetas das bagagens realizadas por funcionários do Aeroporto de Guarulhos. Seis pessoas ligadas ao esquema já haviam sido presos na primeira etapa da operação Colateral - os alvos prestavam serviço no Aeroporto de Guarulhos e tinham acesso à área restrita.
No dia 11 de abril, as brasileiras foram soltas, após o Ministério da Justiça encaminhar à Justiça alemã o inquérito policial e os vídeos que, segundo a Polícia, inocentavam as duas goianas. Um mês depois, a advogada das goianas informou que elas iriam entrar com duas ações de reparação, uma na Justiça brasileira e outra na alemã, em razão do episódio.