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PF pede arquivamento de inquérito contra Lindbergh na Lava Jato

Em 2010 a PGR afirmou que Paulo Roberto Costa declarou ter recebido, em 2010, visita do senador pedindo recursos para sua campanha no valor de R$ 2 milhões

Lindbergh Farias: de acordo com os delegados, não foi possível comprovar que o senador recebeu R$ 2 milhões para sua campanha
AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 17h08.

A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito no qual o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) é investigado pelo crime de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato .

De acordo com os delegados, não foi possível comprovar que o senador recebeu R$ 2 milhões para sua campanha, como afirmou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Lava Jato.

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A investigação contra o senador foi aberta no Supremo em março de 2015 a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na ocasião, a PGR afirmou que Paulo Roberto Costa declarou ter recebido, em 2010, a visita do senador pedindo recursos para sua campanha no valor de R$ 2 milhões.

Ele disse ainda, em seu depoimento, ter contatado o doleiro Alberto Youssef para operacionalizar o repasse. Também delator da Lava Jato, Youssef, no entanto, disse desconhecer Lindbergh e não se recordar de ter feito tal pagamento.

Para a Polícia Federal, não há "indícios mínimos de autoria" para o prosseguimento da investigação. "Em que pese terem sido constatadas doações eleitorais vultosas, muitas das quais em espécie, efetuadas pelas empresas envolvidas no esquema de corrupção no âmbito da Petrobras, ora em favor da pessoa física do candidato, ora por intermédio do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, nenhum dos executivos ouvidos no bojo deste apuratório, inclusive na condição de colaboradores, foi capaz de corroborar a narrativa que ensejou a instauração do presente inquérito, ou ao menos de que as contribuições tivessem origem ilícita", diz a PF.

O pedido de arquivamento feito pela PF será analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e depois pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo.

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